A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) instaurou inquérito para apurar crime de lesão corporal envolvendo um influenciador digital. A investigação foi iniciada após a ampla divulgação, na imprensa, de imagens de câmeras de vigilância de um residencial que flagraram o momento da agressão.

O caso está sob coordenação da delegada Ana Luiza Nogueira, responsável pelas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs).

Segundo a delegada, a vítima não procurou a delegacia para registrar Boletim de Ocorrência ou solicitar medida protetiva de urgência. No entanto, por se tratar de lesão corporal em contexto de violência doméstica e familiar, o crime é de ação penal pública incondicionada, ou seja, independe da vontade da vítima para que o Estado inicie a investigação.

“É um crime grave, com pena que pode chegar a até cinco anos de reclusão. O legislador determinou que crimes graves, especialmente os de violência contra a mulher, sejam puníveis independentemente da vontade da vítima, pois é interesse de toda a sociedade que agressores sejam responsabilizados”, explicou Ana Luiza.

A PCAL apurou que o investigado já é reincidente. As investigações identificaram pelo menos outros dois registros policiais relacionados ao agressor, ambos concluídos com rapidez, resultando em indiciamentos e até prisão.

Sobre o novo episódio, a delegada reforça que a polícia só tomou conhecimento dos fatos por meio das imagens divulgadas, já que a vítima não formalizou denúncia. A partir disso, a corporação iniciou duas frentes de atuação: a proteção da vítima e a responsabilização do agressor.

“Todas as medidas necessárias para o acolhimento e proteção da vítima serão adotadas. Muitas mulheres vivem em um ciclo de violência do qual não conseguem sair sem apoio da rede de proteção. Nosso compromisso é garantir sua integridade física”, destacou a delegada.