Alagoas
Adeal certifica primeiro estabelecimento com Criação Livre de Brucelose de Alagoas
Ifal Campus Satuba é pioneiro em receber certificação que reconhece controle sanitário e reforça segurança na produção pecuária do estado.
Dorgival Junior / Ascom Adeal
O estado de Alagoas alcançou uma marca histórica com a emissão do primeiro certificado de Estabelecimento de Criação Livre de Brucelose. O reconhecimento, concedido pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), foi destinado ao Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Satuba, integrante da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
A certificação foi oficialmente entregue pelo assessor executivo de Defesa Agropecuária da Adeal, Caio Vieira, à diretora-geral do Campus Satuba, Uilliane Faustino, após a unidade cumprir todas as diretrizes do regulamento técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), aprovado pela Instrução Normativa da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
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A manutenção do certificado está condicionada à realização e apresentação, ao serviço veterinário oficial, de testes negativos para diagnóstico de brucelose em todo o rebanho, com intervalos máximos de 12 meses.
“Receber essa certificação mostra o nosso compromisso com a qualidade animal, com a formação técnica de excelência e com práticas de biosegurança. Esse certificado é resultado do esforço conjunto e da parceria com a Adeal. Agradeço a todo o corpo docente do setor de bovinocultura. É uma grande alegria esse reconhecimento”, afirmou a diretora do Ifal.
Caio Vieira destacou que “esse certificado traz ganhos em qualidade do rebanho e sanidade, beneficiando as questões comerciais e também a saúde pública, já que a brucelose é uma zoonose de importância nacional. Propriedades certificadas agregam valor aos animais e produtos, além de conquistar novas oportunidades de mercado. Que a conquista do Ifal Satuba incentive outros estabelecimentos a buscarem a certificação, que é de nosso interesse”, ressaltou.
A doença
A brucelose é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella, que afeta animais e pode ser transmitida ao ser humano. Trata-se de uma zoonose de distribuição universal, responsável por sérios problemas de saúde pública e grandes prejuízos econômicos à pecuária.
Nos animais, a doença manifesta-se por abortos, nascimentos prematuros, retenção placentária, metrite, artrite, orquite e infertilidade.
A contaminação ocorre por contato com fetos, placenta, secreções vaginais, monta natural, inseminação artificial, objetos contaminados e ambientes como pastos, forragens, águas e estábulos.
A transmissão pode ser prevenida por meio da vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas, uma única vez, entre 3 e 8 meses de idade, com as vacinas B19 ou RB51; eliminação de fetos, placentas, secreções e objetos contaminados; além da realização de exames periódicos. É fundamental eliminar todos os animais diagnosticados como positivos no rebanho.
Vale reforçar que, por se tratar de uma vacina contaminante, a vacinação deve ser realizada exclusivamente por médicos veterinários ou auxiliares cadastrados na Adeal. A comprovação da vacinação cabe ao criador, que deve apresentar atestado emitido por profissional cadastrado na agência.
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