No último encontro antes da formatura, os botânicos mirins participaram, na quarta-feira (3), de uma aula especial ministrada por voluntários do Museu de História Natural da Universidade Federal de Alagoas (MHN-Ufal). A atividade incluiu uma exposição interativa, na qual as crianças aprenderam sobre Paleontologia — ciência que estuda os seres vivos do passado por meio de fósseis — e Entomologia, dedicada ao estudo dos insetos.

“Esse é um momento muito especial para despertar a curiosidade das crianças. Ao conhecerem fósseis e insetos, elas entendem melhor a história da vida na Terra e a importância de cada espécie no equilíbrio dos ecossistemas”, destacou Ester Monteiro, consultora ambiental do Herbário MAC.

Segundo ela, o contato direto com a ciência fortalece a consciência ambiental desde cedo e inspira uma relação mais responsável com a natureza — um dos princípios que o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) busca incentivar em todas as atividades do programa Botânico Mirim.

Durante a apresentação sobre Paleontologia, as crianças conheceram diferentes tipos de fósseis e compreenderam a importância dessa ciência para entender a evolução dos seres vivos ao longo do tempo.

“A apresentação é essencial porque as crianças são a base da sociedade e serão os cidadãos do futuro. Aprender sobre paleontologia e outras ciências é fundamental, pois só preservamos aquilo que conhecemos”, afirmou o estudante de Biologia José Guilherme.

O tema dos dinossauros despertou ainda mais o interesse dos alunos. “O que eu mais gostei de ver foram as espécies de dinossauros, os aquáticos e o bicho-preguiça gigante. Foi muito legal ver os fósseis que trouxeram para a gente”, relatou Matheus dos Santos, participante do projeto.

Na exposição sobre besouros, as crianças descobriram a enorme diversidade de insetos e o papel fundamental que desempenham na natureza. “Nosso objetivo é explicar um pouco sobre os besouros, especialmente os Coleoptera e Cerambycidae. Assim, as crianças percebem o impacto desses animais no meio ambiente, sua participação na polinização e no equilíbrio ecológico, além da importância para os seres humanos”, explicou a bióloga Gabriela Correia, do MHN-Ufal.

Maria Luiza, outra botânica mirim, compartilhou sua experiência: “Gostei muito de conhecer tipos de besouros que eu nem sabia que existiam. Agora, quando eu vir um inseto, vou lembrar que ele ajuda a natureza e que precisamos cuidar deles também”.