Alagoas
Hospital do Coração Alagoano alerta para sintomas discretos de infarto em mulheres
Sintomas de infarto em mulheres costumam ser menos evidentes, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento.
Maria Ângela Aldeman, 53 anos, professora dedicada, estava em sala de aula quando começou a sentir um mal-estar incomum. Não sentiu dor intensa no peito, nem a sensação esmagadora geralmente associada ao infarto. Para ela, parecia apenas cansaço, fruto da rotina intensa de quem leciona em vários turnos.
“Pensei que fosse estresse, ansiedade. Trabalho o dia inteiro, sou muito ativa, e, inicialmente, não imaginei que aquilo pudesse ser um infarto. E, há mais de um mês, eu vinha sentindo falta de ar, cansaço. Até tinha uma dor no peito, mas não parecia infarto”, relembra a professora.
Apesar do histórico familiar de doença cardíaca, Maria Ângela acreditou que não era nada grave. Minutos depois, seu quadro se agravou e ela chegou a desmaiar. Foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu os primeiros socorros e o diagnóstico definitivo: estava tendo um infarto. Em seguida, foi transferida para o Hospital do Coração Alagoano, referência em cardiologia no estado, onde realizou um cateterismo.
Sintomas mais sutis em mulheres
O caso de Maria Ângela ilustra como os sintomas do infarto em mulheres podem ser diferentes dos observados em homens, conforme destaca a cardiologista Amanda Ferino, do Hospital do Coração Alagoano. Segundo a médica, os sinais nas mulheres costumam ser menos evidentes e, por isso, muitas vezes são confundidos com ansiedade, estresse, má digestão ou simples cansaço.
“Nas mulheres, o infarto pode se manifestar com sintomas muito mais sutis e inespecíficos. Nem sempre há dor intensa no peito. É comum surgirem sinais como fadiga extrema, náuseas, vômitos, dor nas costas, no pescoço ou na mandíbula, além de falta de ar repentina. Por isso, muitas pacientes demoram a procurar ajuda, e isso é extremamente perigoso”, explica Amanda Ferino.
Ela reforça que o tempo é determinante no tratamento: quanto mais cedo a paciente chega ao hospital, maiores as chances de evitar sequelas graves e salvar o músculo cardíaco. Recuperada e em acompanhamento, Maria Ângela faz um alerta.
 (2).jpeg)
“Nós, mulheres, sempre achamos que é estresse, correria, ansiedade. Mas precisamos prestar atenção ao corpo e buscar acompanhamento médico. Se eu não tivesse sido socorrida rapidamente, poderia ter sido muito pior”.
O Hospital do Coração Alagoano destaca sintomas que merecem atenção especial nas mulheres:
- Fadiga extrema ou cansaço repentino e persistente;
- Náuseas, vômitos ou sensação de má digestão;
- Dor no pescoço, mandíbula, costas ou ombro;
- Desconforto no peito, mesmo que leve;
- Falta de ar repentina;
- Tontura ou sensação de desmaio.
Se dois ou mais desses sintomas surgirem ao mesmo tempo, ou se algo parecer “estranho demais”, a recomendação é clara: procure atendimento imediatamente. “A intuição feminina costuma ser muito forte. Se algo não parecer normal, não hesite. Procure a emergência. No infarto, cada minuto conta”, orienta a cardiologista Amanda Ferino.
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados