Alagoas

Premiação da Olimpíada de Matemática reafirma o poder da educação

Cerimônia lotou o auditório da Ufal e premiou mais de 240 jovens, celebrando o talento e a superação dos estudantes

Ascom Ufal 03/12/2025
Premiação da Olimpíada de Matemática reafirma o poder da educação
Edição deste ano reconheceu mais de 240 estudantes de todo o estado

A última quinta-feira (27) foi marcada por muita emoção no auditório do Campus A.C. Simões, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que estava lotado para a cerimônia de premiação da Olimpíada Alagoana de Matemática (OAM). Organizada pela universidade desde 2003, a edição deste ano reconheceu mais de 240 estudantes de todo o estado.

A cerimônia integrou a programação do MatFest, um dos maiores eventos de matemática de Alagoas. Fundado pelo professor Krerley Oliveira, do Instituto de Matemática (IM/Ufal), o festival segue até o dia 3 de dezembro com uma série de atividades voltadas para a área. Uma das coordenadoras do evento, a professora Elayne Senna, explicou sobre a importância da iniciativa:

“O MatFest reúne palestras, a Semana Olímpica, encontros de formação para professores interessados em trabalhar com olimpíadas em suas escolas e atividades específicas para estudantes que desejam participar das competições. Dentro dessa programação, realizamos também a premiação da OAM. Para mim, como coordenadora, o evento tem um significado muito profundo. Ao longo dos anos, temos observado impactos reais na vida dos estudantes. Muitos, inclusive, seguem trajetórias acadêmicas brilhantes e, às vezes, internacionais”, contou.

A premiação contemplou diferentes níveis da competição: estudantes do 6º e 7º anos do ensino fundamental participaram do Nível 1; alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental compuseram o Nível 2; estudantes do 1º ao 3º ano do ensino médio disputaram o Nível 3; e estudantes do ensino superior participaram do Nível U. Além disso, foram concedidas menções honrosas aos demais participantes.

Vitória e orgulho

O auditório era puro orgulho, tanto para os estudantes quanto para seus familiares. A alegria de celebrar ao lado de quem acompanha a jornada foi um dos pontos mais marcantes da premiação. Um exemplo disso é a estudante Maria Gabrieli, de 15 anos, que comemorou junto da mãe, Williani Berg, a medalha de prata no Nível 2. Apaixonada por matemática desde a infância, Maria descreveu a conquista como um momento especial:

"Fiquei muito surpresa e feliz. Não é minha primeira medalha, mas é a primeira da Olimpíada. Ter minha mãe aqui, que sempre me incentiva, torna tudo ainda mais especial". Para Williani, a filha é uma vencedora em todos os sentidos. “Esse é o oitavo prêmio que ela ganha, e eu vou aonde for para incentivar. Troco tudo por esses momentos. É muito orgulho”, disse, emocionada.

Também houve histórias de superação, como a do estudante Guilherme Vicente, de 12 anos, que na última edição recebeu menção honrosa e, neste ano, conquistou o primeiro lugar geral do Nível 1. “Estou muito feliz com essa conquista. Desde sempre gostei de matemática, dos números, e aprendi muito com meu pai e minha mãe. Hoje estou muito feliz pela vitória”, comemorou.

Para o pai, Renato Rodarte, professor de Ciências Biológicas da Ufal, a vitória do filho reforça que investir em educação é o melhor caminho para o futuro. “Para mim, não há palavras. É tudo que dedicamos a eles. Sendo professor, nada é melhor do que ver meu filho se dedicando. A única coisa que digo para eles é que isso ninguém tira: a conquista que ele tem, o conhecimento que ele ganha, é para o futuro dele. É o mais importante”, ressaltou.

Legado de ensinamento

O professor Davi Lima, um dos coordenadores do evento, relembrou sua própria experiência como participante da OAM em 2006. “Quando participei, o auditório estava cheio, assim como hoje, e minha mãe estava presente. Lembro claramente do orgulho que ela sentiu naquele momento. Meus pais sempre me apoiaram, mas aquela premiação mostrou a eles que investir na minha formação era a melhor maneira de contribuir para o meu futuro”, contou.

Ele também destacou como a premiação influenciou sua trajetória acadêmica e a importância de retornar à Ufal como professor e coordenador. “Optei pela Matemática, concluí o bacharelado, o mestrado e o doutorado, e retornei para casa: voltei para a Ufal. Hoje sou professor no Instituto de Matemática e me alegra muito ver o orgulho e a alegria nos olhos de pais e professores, orgulhosos de seus filhos e alunos. É um prazer enorme contribuir para a formação da sociedade alagoana e para a educação dos nossos futuros alunos”, afirmou.

Para o idealizador tanto da OAM quanto do MatFest, Krerley Oliveira, que também é membro da Comissão Nacional de Olimpíadas e professor da Ufal, a OAM se consolidou como um dos eventos mais importantes do calendário nacional devido à sua excelência.

“É muito gratificante ver que, no estado de Alagoas, existe uma cultura sólida em torno das olimpíadas científicas: uma cultura forte, que descobre talentos e incentiva esses estudantes a seguirem estudando matemática e ciências. Isso tem trazido frutos importantes para o estado, formando profissionais e cientistas que, ao longo dos anos, surgiram a partir desse tipo de atividade”, finalizou.

Sobre o MatFest

Idealizado em 2003 pelo professor Krerley Oliveira, o MatFest consolidou-se ao longo dos anos como um dos mais importantes eventos de Matemática do estado de Alagoas, promovendo a integração entre escolas, universidades e sociedade. A edição de 2025 traz uma programação diversificada, focada no aprendizado, na troca de experiências e na valorização da Matemática como ferramenta de transformação social.

A programação completa está disponível no  site do evento. Mais informações também podem ser obtidas por meio do Instagram @matfest2025.