Alagoas
Diretor-médico do HEA faz alerta sobre riscos durante festas de fim de ano
Hospital de Emergência do Agreste registra aumento de acidentes e reforça importância da prevenção durante o período festivo.
Tony Medeiros / Ascom HEA
Dezembro é um mês marcado por comemorações, mas também pelo aumento nos atendimentos de emergência. Por isso, Vanderly Rezende, diretor-médico do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, faz um alerta à população para redobrar os cuidados nesta época do ano.
Segundo dados do Serviço de Epidemiologia Hospitalar (SEH) do HEA, em dezembro de 2024 foram realizados 6.620 atendimentos, dos quais 1.383 envolveram vítimas de acidentes. Deste total, 817 casos foram decorrentes de sinistros com motocicletas, além de 69 acidentes com bicicletas, 55 atropelamentos, 43 capotamentos e 399 colisões. Os números revelam que, no último mês do ano passado, cerca de 20% dos atendimentos estiveram relacionados à violência no trânsito.
O diretor-médico reforçou que direção e bebida alcoólica não combinam. “É crime e representa um risco real à vida. As festas aumentam, os encontros se tornam frequentes e a combinação de álcool com direção continua sendo uma das principais causas de acidentes graves”, afirmou Vanderly Rezende.
Cansaço e direção
Além da mistura perigosa de álcool e volante, o médico destaca que o cansaço também exige atenção. Viagens após confraternizações, noites mal dormidas ou deslocamentos longos podem resultar em cochilos ao volante, tanto para motoristas de carros quanto para motociclistas.
“O sono é inimigo da direção. A pessoa perde a noção de tempo e distância, e o acidente se torna quase inevitável”, explicou.
O uso de equipamentos de segurança deve ser prioridade. Capacete ajustado para motociclistas e cinto de segurança para ocupantes de carros fazem diferença direta na gravidade dos casos atendidos no hospital.
Outro ponto levantado por Vanderly Rezende é o aumento das quedas da própria altura provocadas pelo consumo excessivo de álcool. Esses episódios, muitas vezes subestimados, podem resultar em fraturas, traumatismos e outras complicações. “A perda de equilíbrio é comum quando há ingestão excessiva de álcool”, ressaltou.
O médico também alertou para o risco de afogamentos em festas realizadas em chácaras, açudes, rios e praias. Sob efeito do álcool, os reflexos diminuem, a respiração fica descoordenada e a capacidade de natação é comprometida. “A pessoa acredita que consegue, mas o corpo não responde”, alertou.
Além disso, o álcool aumenta o risco de brigas e violência interpessoal, realidade que se repete todos os anos nos atendimentos do HEA. “Os conflitos crescem quando os ânimos estão alterados. As agressões se tornam mais frequentes e muitas acabam em ferimentos graves”, enfatizou.
Assistência e prevenção
Bárbara Albuquerque, diretora-geral do HEA, reforça o apelo para que o período de festas seja vivido com responsabilidade. “O mês é de alegria, mas cada pessoa precisa cuidar de si e dos outros. Uma escolha precipitada pode mudar destinos. Queremos que todos celebrem, comemorem e voltem para casa em segurança”, afirmou.
O Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, é referência para 46 municípios das regiões Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, funcionando de portas abertas para vítimas de traumas.
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