Alagoas
Estudantes representam Alagoas em Prêmio de Inovação do Sebrae
Equipe, formada por estudantes de Engenharia Química, venceu a etapa estadual com estudo sobre conservação de laticínios por meio do sargaço; etapa final acontece em Belém, na próxima semana
Qual a relação entre o queijo coalho, alimento típico nordestino, e o sargaço encontrado nas belas praias do litoral alagoano? Para o projeto BioSense, do curso de Engenharia Química da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), os dois elementos têm tudo a ver. Com uma ideia inovadora, uma equipe de estudantes desenvolveu um biofilme produzido a partir de algas para aumentar a conservação do referido alimento.
E foi com essa proposta que a turma conquistou a etapa estadual do 3º Desafio Liga Jovem, promovido pelo Sebrae, concorrendo com mais de 50 equipes e 180 estudantes de graduação envolvidos, e irá representar Alagoas no prêmio Nacional, entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro, em Belém, Pará.
O projeto, considerado inovador, colhe o sargaço produzido nas praias e, a partir de um processo de limpeza e secagem, realiza a extração de um biopolímero por meio de hidrólise alcalina, produzindo um biofilme que já foi testado e se mostrou viável para servir de embalagem para o queijo coalho, aumentando seu tempo de prateleira.
“Também estruturamos o modelo de negócio, avaliamos custos, analisamos o mercado e preparamos apresentações. É um trabalho multidisciplinar, que combina ciência, inovação e impacto ambiental”, destacou Raíssa Bezerra, participante do projeto.
Além de Raíssa, a equipe é composta por Maria Júlia Soares, Letícia Horário, Rafaela Cândido e Pedro Miguel Porfírio, sob coordenação dos professores João Batista Rocha e Vânia Teles, e tem como principal objetivo transformar desafios locais em soluções sustentáveis, com o lema “uma nova forma de embalar o futuro”. A escolha de trabalhar com o queijo coalho se baseou em estudos sobre seu impacto em Alagoas: 87% da produção agropecuária do estado é de laticínios, onde 30% representa a produção do queijo, segundo dados de 2023.
“A premiação atesta a excelência do trabalho desenvolvido na Ufal e demonstra que o conhecimento gerado na universidade ultrapassa os muros acadêmicos. Este projeto despertou o olhar atento às demandas regionais e mostrou o potencial empreendedor da equipe para atender o mercado de queijos”, comentou a professora Vânia Teles.
A conquista foi bastante comemorada pelos estudantes. “Participar do congresso já era uma conquista enorme, mas quando soubemos que passamos na etapa estadual e que também fomos selecionados para a etapa nacional, tudo ganhou outra dimensão. Foi um momento de alívio, orgulho e surpresa ao mesmo tempo. É muito gratificante saber que aquilo que criamos está fazendo a diferença”, contou Raíssa
Por ter vencido a etapa estadual, a equipe participou, durante o mês de novembro, de mentorias, visitas técnicas e reuniões de alinhamento como forma de se preparar para a competição nacional. Além disso, também participarão da 2ª edição do Festival LED Belém, no dia 2 de dezembro.
“Esta experiência reforçará o potencial científico, tecnológico, empreendedor e social do BioSense. Inserir a tecnologia desenvolvida pelos estudantes no programa de incubadoras da Ufal é fundamental para promover a inovação e o empreendedorismo ambientalmente responsável, fortalecendo a transferência de conhecimento entre a pesquisa acadêmica e o mercado”, ressaltou o professor João Batista.
Para saber mais sobre o projeto, acesse o Instagram @_biosense
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