Alagoas

Litoral Sul se destaca pela qualidade da água, mas metade das praias de Maceió está imprópria para banho

Boletim do IMA avaliou 68 pontos no estado; Maragogi apresenta três trechos inadequados e órgão alerta para presença de algas em áreas da capital

Redação com agências 30/11/2025
Litoral Sul se destaca pela qualidade da água, mas metade das praias de Maceió está imprópria para banho
- Foto: Jonathan Lins/ Secom Maceió

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) divulgou nesta semana o novo boletim de balneabilidade, trazendo dados essenciais para quem pretende aproveitar o litoral alagoano. O levantamento, baseado em coletas realizadas nos dias 25 e 26 deste mês, avaliou 68 pontos entre Maragogi e Pontal do Peba. O resultado geral aponta que 54 trechos estão adequados para os banhistas, enquanto 14 foram classificados como impróprios.

O destaque positivo do relatório fica por conta do Litoral Sul, que apresentou os melhores índices de qualidade ambiental. Dos 23 pontos monitorados na região, apenas um foi considerado inadequado: o trecho localizado no Rio Niquim, na Barra de São Miguel, a cerca de 300 metros da foz.

Já na capital, a situação exige atenção redobrada. Em Maceió, metade das áreas analisadas está imprópria para banho. Dos 20 pontos avaliados pelo IMA, 10 apresentaram índices de poluição acima do permitido, acendendo um alerta para moradores e turistas que frequentam a orla urbana. Além disso, o órgão recomenda que os banhistas evitem áreas sob influência de floração de algas, especificamente entre a Avenida e o Sobral, devido ao risco de irritações e outros efeitos nocivos à saúde.

No Litoral Norte, um dos destinos turísticos mais procurados do estado também apresentou restrições. Três trechos da famosa praia de Maragogi foram classificados como impróprios, reforçando a necessidade de consulta prévia ao relatório antes do mergulho.

O monitoramento também abrangeu as lagunas alagoanas, onde o cenário é crítico: dos 10 pontos analisados, cinco foram considerados inadequados, refletindo a influência negativa de cursos d’água e variáveis ambientais nessas áreas.

A classificação do IMA segue rigorosamente os critérios da Resolução CONAMA nº 274/2000, que mede a concentração de Escherichia coli. Para que uma praia seja considerada própria, 80% das amostras das últimas cinco semanas devem apresentar níveis seguros da bactéria.