Alagoas
Médico do Hospital Ib Gatto Falcão esclarece mitos e verdades sobre o câncer de próstata
Dr. Pedro Andrade destaca a importância do diagnóstico precoce e combate informações equivocadas sobre a doença, que é a mais comum entre homens brasileiros, excetuando os casos de pele não melanoma.
No encerramento do mês dedicado à saúde do homem, o médico Pedro Andrade, do Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, reforça a importância da informação correta como aliada na prevenção do câncer de próstata – o tipo de câncer mais frequente entre os homens brasileiros, excetuando os de pele não melanoma. Apesar da alta incidência, o tema ainda é cercado por dúvidas, receios e informações equivocadas que podem atrasar o diagnóstico e o tratamento.
Para ampliar a conscientização, Pedro Andrade esclarece alguns dos principais mitos sobre a doença. Um dos equívocos mais comuns é acreditar que o câncer de próstata só afeta homens idosos. Segundo o médico, embora a incidência seja maior após os 50 anos, homens a partir dos 45 – especialmente aqueles com histórico familiar da doença – já devem iniciar o acompanhamento preventivo.
A idade é, de fato, um fator de risco, mas não exclui completamente os mais jovens. “O exame de toque retal é sempre necessário para a detecção precoce da doença, que, quando diagnosticada oportunamente, aumenta as chances de êxito do tratamento e, consequentemente, da cura”, pontua Andrade.
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O toque retal, aliado ao exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), é fundamental para a avaliação completa da próstata. Essa é uma verdade, segundo Pedro Andrade. Apesar de alguns homens ainda apresentarem resistência ao exame, ele é rápido, indolor e pode salvar vidas. “Por isso, a partir dos 45 anos, é necessário procurar assistência médica e realizar o exame, pois ele é fundamental para detectar o câncer de próstata”, enfatiza o médico.
Outro mito recorrente é associar sintomas urinários diretamente ao câncer de próstata. Essa afirmação não procede. Dificuldade para urinar, jato fraco ou necessidade frequente de ir ao banheiro podem ser sinais de hiperplasia benigna da próstata ou infecções urinárias. “O câncer de próstata, inclusive, pode não apresentar sintomas no início, por isso, o acompanhamento médico é tão importante”, reforça Pedro Andrade.
Histórico familiar
O histórico familiar aumenta, sim, o risco da doença. Homens com pai ou irmão diagnosticados com câncer de próstata têm risco até duas vezes maior de desenvolver a doença. “Nesses casos, o acompanhamento deve começar mais cedo e ser rigoroso”, recomenda Andrade.
Outro ponto importante é a alimentação saudável como fator de prevenção. Segundo o médico, dietas ricas em frutas, legumes, cereais integrais e pobres em gorduras saturadas contribuem para reduzir riscos, assim como a prática regular de atividade física e o controle do peso.
Sobre a evolução da doença, muitas pessoas acreditam que o câncer de próstata evolui rapidamente. Entretanto, a maioria dos tumores apresenta crescimento lento, e o tratamento é definido de forma individualizada. Alguns casos podem ser apenas monitorados, enquanto outros exigem intervenção imediata.
Prevenção
De acordo com Pedro Andrade, a chave para reduzir a mortalidade pelo câncer de próstata é o diagnóstico precoce. “O maior desafio ainda é o preconceito, que impede muitos homens de procurarem atendimento. Quando descoberto no início, o câncer de próstata tem altas chances de cura”, conclui o médico.
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