Alagoas
Estagiário da Seduc leva oficina de DJ a escolas estaduais e inspira estudantes pela música
Projeto conduzido por universitário apresenta história, desafios e prática do universo DJ a jovens do ensino médio em Maceió
Nas últimas semanas, estudantes do ensino médio de escolas estaduais de Alagoas vivenciaram uma experiência inusitada em sala de aula: aprenderam, de forma prática, como funciona o trabalho de um DJ. A iniciativa é conduzida por Vitor Hugo, estagiário da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), universitário e DJ com experiência na área.
A oficina já passou por duas escolas da rede pública — a Escola Estadual Professor Afrânio Lages e a Escola Estadual Professor Theotônio Vilela Brandão, ambas em Maceió — e tem como objetivo apresentar aos adolescentes a história da profissão de DJ, seus desafios, marcos culturais e avanços tecnológicos. Além disso, os estudantes podem experimentar equipamentos e softwares utilizados no dia a dia dos DJs.
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“A ideia é levar essa oportunidade para alunos da escola pública, que muitas vezes têm pouco acesso a esse tipo de atividade. A arte, através da música, tem o poder de transformar realidades, inclusive a deles”, destaca Vitor.
Como funciona a oficina
O encontro tem duração média de uma hora, com espaço adicional para perguntas, roda de conversa e trocas entre os participantes. A metodologia é dividida em três etapas:
1. Teoria: apresentação do projeto e dos facilitadores; breve linha do tempo sobre o surgimento da profissão de DJ no mundo e no Brasil; discussão sobre desafios, marginalização histórica e reconhecimento profissional; exibição de vídeo explicativo sobre essa trajetória.
2. Demonstração prática: explicação dos equipamentos utilizados e das diferenças entre os tipos de controladoras; noções básicas de mixagem, BPM (batidas por minuto), tonalidade musical e efeitos.
3. Prática dos alunos com os equipamentos: cada estudante tem a oportunidade de testar a controladora sob orientação dos facilitadores.
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A oficina é destinada a estudantes do ensino médio, entre 14 e 17 anos. A primeira edição, na Afrânio Lages, contou com cerca de 10 participantes. Já na Theotônio Brandão, o número mais que dobrou: aproximadamente 25 alunos participaram da atividade.
O projeto nasceu na universidade como uma ação de extensão. A primeira edição foi realizada por Vitor Hugo, Bruna Silva e Eduarda Frazão. Na segunda edição, participaram Bruna Silva, Ian Moura e o DJ Brigadeiro, convidado que trouxe representatividade e inspiração para os estudantes.
A importância da arte na escola pública
Além do entusiasmo inicial, Vitor percebe que alguns alunos realmente querem continuar aprendendo: anotam nomes de softwares, pedem referências e até baixam aplicativos no celular para praticar. “Quando vejo esse brilho no olhar, sinto responsabilidade. Se não houver continuidade, o interesse pode esfriar. Projetos culturais são muito importantes nas escolas”, afirma.
Para ele, ações como essa ampliam horizontes e quebram a ideia de que cultura e tecnologia são inacessíveis. Vitor também destaca o papel da representatividade: “Quando os alunos veem alguém parecido com eles — pela história, cor ou identidade — percebem que também é possível”. No fim, Vitor não espera que todos queiram ser DJs. Seu objetivo é outro: “Se um aluno sair pensando ‘eu posso’, já valeu a pena”.
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