Vida Esportiva
Quem é a advogada suspeita de chefiar golpe milionário contra jogadores e técnicos de futebol
Joana Costa Prado de Oliveira é apontada pela Polícia Federal como responsável por um esquema que teria desviado cerca de R$ 7 milhões
Joana Costa Prado de Oliveira, advogada com longa trajetória no universo do futebol, é apontada pela Polícia Federal como líder de um esquema de saques fraudulentos do FGTS que teria desviado aproximadamente R$ 7 milhões de jogadores, ex-atletas e treinadores. Entre as vítimas, estão nomes como Paolo Guerrero, Ramires, Christian Cueva, Raniel, João Rojas, Titi, Obina, Falcão, Donatti e Felipão.
Com formação jurídica e carreira consolidada no meio esportivo, Joana atuou por 12 anos no Botafogo, onde chegou ao cargo de diretora jurídica. Sua trajetória no clube carioca teve início em 2003. Antes disso, ocupou posições de destaque, como o posto de auditora do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro.
Reconhecida no cenário esportivo, Joana usou sua proximidade com jogadores e técnicos para ampliar sua rede de contatos. Segundo o portal g1, as investigações indicam que, em alguns casos, ela obteve procurações legítimas de atletas. Em outros, porém, há suspeitas de falsificação de documentos e ausência de autorização para representá-los.
Atualmente, Joana integra a Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ, mas foi suspensa de exercer a advocacia pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ em setembro deste ano, quando as denúncias vieram à tona.
As primeiras denúncias surgiram no início de 2024. Em janeiro, Joana foi alvo de mandado de busca e apreensão durante operação da Polícia Federal que investiga os saques fraudulentos do FGTS de atletas profissionais de futebol. Na ocasião, seu telefone celular foi apreendido.
Entenda o caso
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a terceira fase da Operação Fake Agents, no Rio de Janeiro, para apurar o esquema de saques fraudulentos de FGTS, que teria causado um prejuízo de cerca de R$ 7 milhões a jogadores, ex-atletas e treinadores.
Segundo a corporação, há indícios de irregularidades também no FGTS do ex-técnico da seleção brasileira, Felipão. Conforme as investigações, o grupo era liderado por Joana Costa Prado de Oliveira, que utilizava contatos em agências da Caixa Econômica Federal para liberar valores de forma indevida.
A Operação Fake Agents foi dividida em três fases: a primeira teve início após a descoberta de fraude milionária no FGTS do jogador peruano Paolo Guerrero; na segunda, as apurações apontaram que o esquema era comandado por uma advogada, responsável por falsificar documentos e articular os golpes; já na terceira fase, deflagrada nesta quinta-feira, a PF passou a investigar funcionários da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro, suspeitos de facilitar os saques fraudulentos em benefício de outros jogadores, ex-atletas e treinadores.
As investigações começaram após um banco privado denunciar a abertura de uma conta com documentos falsos em nome de Paolo Guerrero, que teve R$ 2,2 milhões desviados por meio de solicitações fraudulentas ao Fundo de Garantia.
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