Vida Esportiva
Série A de 2026 pode ter recorde de estádios com gramado sintético
Possíveis acessos de Chapecoense e Athletico-PR ampliam debate sobre grama artificial; Flamengo defende proibição
A Série A do Campeonato Brasileiro de 2026 pode estabelecer um marco inédito: até seis clubes poderão mandar seus jogos em gramado sintético. Com o possível acesso de Athletico-PR e Chapecoense, cerca de 30% dos times da elite nacional atuariam em campos artificiais, percentual nunca antes registrado na competição.
Atualmente, Palmeiras (Allianz Parque), Botafogo (Nilton Santos) e Atlético-MG (Arena MRV) já utilizam o sistema. Caso se confirmem as promoções de Athletico-PR (Arena da Baixada) e Chapecoense (Arena Condá), o grupo aumentará. Além disso, o Vasco pode contribuir para esse número ao mandar partidas no Nilton Santos durante as reformas de São Januário.
O avanço dessa tecnologia reacende o debate sobre os impactos do gramado sintético no desempenho dos atletas e nas finanças dos clubes. O tema voltou à tona após o Flamengo divulgar, na noite de segunda-feira, o documento “Fair Play Financeiro”, no qual propõe o fim dos gramados artificiais no futebol brasileiro e sugere restrições a clubes em recuperação judicial.
No texto enviado à CBF, o Flamengo argumenta que “os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas”.
A discussão foi pauta de reunião na Confederação Brasileira de Futebol nesta segunda-feira, que também abordou temas como o impedimento semiautomático.
Enquanto Flamengo e parte dos atletas mantêm resistência à grama sintética, especialistas defendem seu uso como alternativa viável e sustentável. Segundo Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa responsável por projetos em arenas esportivas, a manutenção de um gramado natural pode custar até dez vezes mais que a de um sintético.
“O gramado sintético pode ser uma solução viável para muitos clubes, especialmente em regiões de clima extremo e calendário apertado. O investimento inicial é de 7 a 9 milhões de reais, mas a manutenção é muito mais barata”, explica Schildt.
Além do custo, Schildt destaca que a qualidade da grama natural em muitos estádios brasileiros não garante uniformidade de jogo, principalmente durante os campeonatos estaduais. “O uso intenso do estádio para shows e eventos afeta diretamente a grama natural, que perde qualidade nas fases decisivas”, completa.
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