Vida e Saúde
'Ter o corpo treinado faz toda diferença na minha recuperação', diz Gracyanne Barbosa após sofrer lesão na perna
Em entrevista ao GLOBO, a influenciadora relata rotina de treinos para reabilitação e como tem lidado com o corpo de forma diferente
No final de setembro, a influenciadora e musa fitness Gracyanne Barbosa sofreu uma lesão ao romper um tendão do joelho esquerdo durante apresentação na Dança dos Famosos, quadro dentro do programa Domingão com Huck. Ela precisou passar por uma cirurgia e agora está em recuperação.
O cirurgião de Gracyanne, Leonardo Metsavaht, disse ao programa que a lesão pode acontecer com qualquer pessoa, e não apenas com aquelas que mantém rotina de atletas — como é o caso da influenciadora.
Em entrevista ao GLOBO, Gracyanne afirma que ter um corpo treinado e preparado com muitos anos de exercícios físicos “fez toda a diferença” em sua recuperação.
— Se não tivesse todo esse alicerce, acredito fortemente que a lesão poderia ter sido mais grave, ou a recuperação poderia demorar bem mais, ou talvez eu não conseguisse voltar com a mesma qualidade. Sou muito grata por todo o trabalho que fiz antes — diz.
Ela continua fazendo exercícios físicos leves, com pouca carga e voltados para a adaptação e recuperação.
Confira a entrevista a seguir:
Como está sendo a recuperação?
Meu corpo sempre foi ativo e gosto de estar em movimento, então realmente tenho me dedicado com muito carinho e paciência a este momento que exige calma, estratégia e respeito ao processo. Confesso que não é fácil ficar parada, mas estou aprendendo uma nova forma de me relacionar com o corpo, com a força, com a cicatrização.
Você compartilhou pelas redes sociais que já está treinando, o que levantou muitas críticas. Como tem sido esses treinos e como está sua rotina hoje?
São treinos adaptados. São muito diferentes do meu treino habitual de hipertrofia. Antes, eu focava em hipertrofia e a treinar sempre melhor. Agora, o foco é outro: reabilitação, recuperação, mobilidade, reeducação. Eu digo que é “mais chato” porque, para mim que sempre fui atleta, os treinos de recuperação não têm aquele sentimento de desafio, de crescimento ou superação, mas são absolutamente necessários para eu voltar com segurança. Já a minha rotina está bem estruturada. Faço fisioterapia regularmente várias vezes por semana — em alguns dias, até duas sessões — focando na perna afetada, na reabilitação muscular e no retorno da funcionalidade.
Qual é a importância da estrutura física e do preparo que você teve ao longo dos anos para sua lesão e recuperação?
Sem dúvida, o fato de já ter um corpo “treinado” fez toda a diferença. Quando você tem musculatura, resistência, coordenação, boa consciência corporal, você tem uma base forte para suportar traumas, compensações e para iniciar uma recuperação mais rápida. Para mim, esse preparo físico foi uma “almofada”. Não digo que me salvou totalmente da lesão, mas me ajudou a ter melhores condições de recuperação, menor tempo de ócio, menos perda de função, menos risco de complicações. Além do corpo condicionado, ter hábitos saudáveis, musculatura ativa, sistema de apoio (fisioterapeutas, médicos) tudo isso ajuda muito. Se não tivesse todo esse alicerce, acredito fortemente que a lesão poderia ter sido mais grave, ou a recuperação poderia demorar bem mais, ou talvez eu não conseguisse voltar com a mesma qualidade. Sou muito grata por todo o trabalho que fiz antes.
Um desses exercícios de adaptação é a “terapia de choque” na perna afetada. Como eles são feitos?
Temos usado técnicas de estimulação, com equipamentos de “choque” no sentido de estímulo intenso controlado, como uma eletroestimulação (provoca contrações musculares involuntárias, com o objetivo de fortalecer e tonificar os músculos, além de ter aplicações terapêuticas e estéticas). Tenho feito com progressão muito gradual: primeiro, ativação dos músculos e da perna como um todo, depois com cargas leves, em terceiro com impacto mínimo, e por último, com uma carga maior. Assim fortalece o membro e não perde força. Mas tudo controlado para evitar recaídas e sempre com orientação profissional.
Que outros tipos de exercício para a perna afetada você tem realizado?
Faço também “efeito cruzado” (treinar apenas uma perna para preservar força e condicionamento muscular na perna lesionada, enquanto a outra se recupera). Ele serve para manter o condicionamento cardiovascular, gasto energético, metabolismo ativo mesmo que a perna ainda esteja “em recuperação”.
Por quanto tempo você deverá fazer esses treinos mais leves de adaptação?
Ainda estamos avaliando, depende de muitos fatores: velocidade de cicatrização, resposta à fisioterapia, liberação médica, ausência de dor ou inchaço, amplitude de movimento plena. Pode levar semanas ou meses. Não quero apressar para evitar recaída. Meu plano é: primeiro: fase de ativação e suporte, segundo: fase de carga leve, e, por último, retorno progressivo ao “normal”. Pode levar de 2 a 3 meses, dependendo de como meu corpo responder, mas estarei voltando com todo o gás quando der.
Qual será a primeira coisa que fará assim que puder usar a perna?
Sambar com minha bateria. Estive no ensaio, mas foi tão difícil ouvir aquele som e ficar parada. Depois, um treino de perna completo, com aquele “leg day” que eu adoro: agachamento, passada, levantamento, com consciência total e respeito, claro. Por último, mas não menos importante, uma comemoração com a família e os amigos, um churrasco, para celebrar a recuperação.
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