Vida e Saúde
Duas novas espécies de 'escorpião fake' são encontradas na Austrália
Ambas espécies foram achadas vivendo como hospedeiras na pelagem de morcegos selvagens que se alimentam de insetos
A fauna australiana é famosa pela variedade de espécies curiosas, de aranhas gigantes a animais inusitados. Agora, o pesquisador Mark Harvey identificou dois novos exemplares de pseudoescorpiões, conhecidos popularmente como “escorpião fake”.
Esses animais recebem esse nome por apresentarem um par de pinças semelhantes às dos escorpiões verdadeiros, mas não possuem a longa cauda nem o ferrão característico. Na verdade, pertencem ao grupo dos aracnídeos.
As novas espécies integram o recém-criado gênero Enigmachernes e foram nomeadas como E. parnabyi e E. dissidens.
Ambas foram encontradas vivendo como hospedeiras na pelagem de morcegos selvagens que se alimentam de insetos. E. parnabyi foi localizada nos pelos de um falso pipistrelle oriental (Falsistrellus tasmaniensis), enquanto E. dissidens habitava o morcego-da-floresta-do-sul (Vespadelus regulus).
Quatro machos adultos foram encontrados no estado de Victoria, no leste da Austrália. A descoberta foi publicada na Revista Australiana de Zoologia.
De modo geral, pseudoescorpiões são inofensivos e costumam ser encontrados presos à pelagem de outros animais — como besouros, moscas ou mamíferos — para se locomover, já que não possuem asas. Durante o trajeto, aproveitam para se alimentar de pragas do hospedeiro, como ácaros e larvas.
Apesar de comuns no ecossistema global, a identificação de novas espécies é rara. Segundo especialistas, o tamanho diminuto e o hábito de se esconderem em outros animais tornam difícil encontrar novos pseudoescorpiões.
Após retirar os pequenos aracnídeos da pelagem dos morcegos, Mark Harvey, biólogo da Universidade da Austrália Ocidental, analisou as espécies com auxílio de microscópios.
“É difícil estimar o estado de conservação de ambas as espécies de Enigmachernes sem um conhecimento preciso de sua especificidade de hospedeiro e ecologia. Se elas estiverem de fato restritas a espécies individuais de morcegos, o que é uma suposição razoável, então seu destino está inextricavelmente ligado ao seu hospedeiro”, destacou o pesquisador no artigo científico.
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