Vida e Saúde
Uso de cola na orelha, como faz Ana Castela, pode ser prejudicial à saúde; veja o que dizem especialistas
Cantora revela recorrer ao método para disfarçar proeminência das orelhas após episódios de bullying; dermatologista alerta para riscos
A cantora sertaneja Ana Castela, de 22 anos, revelou em suas redes sociais que utiliza cola na parte de trás das orelhas para disfarçar as chamadas “orelhas de abano”. No vídeo, a artista conta que já sofreu bullying devido à aparência das orelhas e que chegou a realizar uma cirurgia corretiva, mas sem sucesso.
Segundo Ana Castela, ela opta atualmente pelo uso da cola para evitar que as orelhas fiquem muito proeminentes. "A vida inteira sofri muito bullying por ter orelha de abano, já fizeram até um fake com a foto da minha orelha. Não pedi para nascer assim, não, minha gente", desabafou.
O que é a 'orelha de abano'?
A dermatologista Natasha Crepaldi, professora do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que a “orelha de abano” é uma característica estrutural do corpo humano. “Elas acontecem quando a cartilagem auricular é mais aberta ou quando a dobra natural da orelha é menos definida do que o habitual, fazendo com que ela fique mais projetada para fora”, esclarece.
Quais os riscos de usar cola nas orelhas?
De acordo com a especialista, o uso de cola na região atrás das orelhas pode ser perigoso e não é recomendado por profissionais de saúde. “As colas de longa duração não são desenvolvidas para uso contínuo na pele e podem causar dermatite de contato, alergias, irritação, vermelhidão, descamação e até pequenas feridas atrás das orelhas”, alerta Natasha Crepaldi.
Ela ressalta ainda que o uso repetido pode levar a infecções locais e ao enfraquecimento da barreira cutânea. “Outro risco é a tração constante na pele e na cartilagem, que pode gerar dor, inflamação e até deformidades ao longo do tempo”, completa.
Alternativas seguras
Segundo a dermatologista, há alternativas mais seguras, dependendo da idade e do caso. Para bebês muito pequenos, por exemplo, existe a possibilidade de moldagem externa da orelha com dispositivos específicos (não invasivos), sempre com acompanhamento médico.
“Já em crianças maiores, adolescentes e adultos, a solução realmente efetiva e definitiva é a otoplastia, uma cirurgia corretiva realizada por especialista”, orienta. Nesse procedimento, o excesso de pele e cartilagem é removido, aproximando as orelhas do crânio.
Para quem busca uma solução temporária e segura, a médica sugere cortes de cabelo específicos, penteados e acessórios que ajudem na estética do dia a dia. “Mas qualquer método adesivo prolongado deve ser evitado para proteger a pele e a cartilagem”, finaliza.
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