Vida e Saúde
Existe um lugar mais seguro para se sentar no carro? A ciência diz que sim e não é o preferido pela maioria
Quem escolhe este assento tem cerca de 46% mais chances de sobreviver a acidentes fatais
Ao entrar em um carro, a maioria das pessoas opta pelos assentos próximos às janelas no banco de trás. No entanto, essa escolha pode não ser a mais segura em caso de acidente. De acordo com um estudo de 2008, quem se senta no assento do meio do banco traseiro tem cerca de 46% mais chances de sobreviver a acidentes fatais do que os ocupantes dos bancos dianteiros — inclusive o passageiro da frente.
Mesmo quando se consideram apenas os assentos traseiros, a probabilidade de sobrevivência é 13% maior para quem está no meio. Os dados históricos mostram uma evolução significativa na segurança veicular: há cerca de 100 anos, eram registradas aproximadamente 18 mortes relacionadas a veículos motorizados a cada 160 milhões de quilômetros rodados; nos anos 1960, esse número caiu para cerca de 5,5, e atualmente está em pouco mais de uma morte por essa mesma distância.
Mas por que o assento do meio é mais seguro? Especialistas explicam que tudo está relacionado ao design dos automóveis. Os modelos mais modernos contam com "zonas de deformação programada", áreas projetadas para absorver o impacto em caso de colisão, protegendo melhor os ocupantes.
“Em colisões traseiras, frontais e laterais, essa posição central tem consistentemente apresentado a menor taxa de lesões graves quando os dispositivos de retenção adequados são utilizados”, afirma Lucas Waldenback, cofundador da Zutobi, plataforma educacional dedicada à segurança no trânsito, em entrevista à Reader's Digest.
No entanto, não basta apenas escolher o assento central: é fundamental utilizar corretamente o cinto de segurança. Um estudo de 2022 revelou que passageiros sem cinto, mesmo no banco traseiro, têm maior risco de hospitalização, ferimentos graves e mortalidade do que os que viajam na frente. O levantamento mostrou ainda que quem se senta atrás tem cerca de cinco vezes mais chance de não usar o cinto.
“Não existe um assento 'perfeitamente seguro', apenas hábitos mais seguros. Toda viagem, curta ou longa, merece a mesma atenção e preparação. Dirigir com segurança começa com atenção e consistência, não com sorte”, reforça Waldenback.
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