Vida e Saúde
Outubro Rosa: enfermeira que venceu o câncer de mama, Elaine Mello inspira pacientes na rede pública do Rio
“Estou provando para o mundo que o câncer não é fim de linha, que existe vida e muita vida, muita vida mesmo, antes, durante e principalmente depois do câncer" ressalta, com convicção.
O mês de outubro é marcado mundialmente pela conscientização sobre o câncer de mama, o "Outubro Rosa". Em meio às campanhas de prevenção e diagnóstico precoce, histórias de luta e superação inspiram e dão esperança. Uma dessas narrativas de resiliência é a da enfermeira Elaine Mello, 42 anos.
Há quatro anos trabalhando na UPA de Sepetiba, e com passagens anteriores pela UPA Senador Camará e pelo Hospital Rocha Faria, Elaine conhece de perto a realidade da saúde pública e as histórias de superação encontradas nos leitos. No entanto, em 2022, a luta pela vida se tornou pessoal.
“Em dezembro de 2022, durante o banho, eu senti um nódulo na mama esquerda,” relata Elaine. Coincidentemente, suas consultas anuais já estavam agendadas para aquele mês. “Fui na consulta e mostrei ao médico. Ele pediu uma mamografia e a ultrassonografia, que constataram um nódulo de um BR5, que indica alta suspeita de malignidade, com probabilidade superior a 95%.
O diagnóstico veio em seguida, após a biópsia: câncer de mama do tipo triplo negativo, uma forma considerada bem invasiva. A notícia, embora difícil, marcou o início de um intenso tratamento. Elaine enfrentou um protocolo rigoroso que incluiu 16 sessões de quimioterapia, 15 radioterapias, imunoterapia e, posteriormente, quimioterapia oral. Mas o que a manteve firme e com qualidade de vida foi sua inabalável rotina de exercícios físicos, praticando crossfit cinco vezes por semana, além de corrida e musculação.
“Durante todo o meu tratamento, toda essa trajetória, eu segui treinando, fazendo atividade física para me manter forte física e mentalmente,” afirma a enfermeira. “Manter a saúde mental no decorrer do tratamento não é tão simples. A atividade física me ajudou muito e me ajudou muito a não ter efeitos colaterais graves devido à baixa de imunidade, como hospitalizações, dores intensas e fadiga. Mesmo com os efeitos colaterais como queda de cabelo e dor nas articulações eu segui firme, treinando e fazendo meu tratamento, bonitinho”, completa.
O esforço e a dedicação de Elaine renderam frutos. Em janeiro de 2025, ela pôde retomar sua rotina de trabalho. “Eu já retornei ao trabalho e já estou seguindo a minha vida normal,” comemora e completa dizendo que sua história se transformou em uma poderosa mensagem de esperança para outras mulheres que recebem o diagnóstico e para seus pacientes. “Estou provando para o mundo que o câncer não é fim de linha, que existe vida e muita vida, muita vida mesmo, antes, durante e principalmente depois do câncer. Isso precisa ser dito. O câncer não é sentença de morte, a gente vai viver,” ressalta com convicção.
Elaine reconhece as dificuldades inerentes ao processo, mas insiste na força da esperança: “Não vão ser momentos tão simples, óbvio, mas é preciso continuar acreditando que vai dar tudo certo, que vai passar, e passa, de fato passa”
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