Variedades

Romance de Beatriz Bracher que reúne depoimentos da Guerra do Paraguai vence Prêmio da Biblioteca Nacional; veja ganhadores

O primeiro lugar em cada categoria dá direito a um prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil; os segundos e terceiros lugares recebem um diploma

Agência O Globo - 03/11/2025
Romance de Beatriz Bracher que reúne depoimentos da Guerra do Paraguai vence Prêmio da Biblioteca Nacional; veja ganhadores
- Foto: Reprodução / Instagram

A Fundação Biblioteca Nacional divulgou, na tarde desta segunda-feira (3), os vencedores da edição de 2025 de seu tradicional prêmio literário. O Prêmio Machado de Assis de melhor romance foi para o primeiro volume de “Guerra” (Editora 34), trilogia de sobre o conflito que opôs a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) ao Paraguai no século XIX. Embora seja descrito pela autora como ficção, “Guerra” é uma colagem de trechos de depoimentos de personagens da campanha militar coletados em livros, periódicos e documentos históricos — os outros dois volumes seguirão o mesmo método.

De compras na feira a decisões de IA em apps de namoro:

Como arrumar tempo para ler:

O segundo e o terceiro colocados na categoria romance foram “Vez em quando, Billie Holiday” (Record), de Evandro Affonso Ferreira, e “Escalavra” (Amancord), de Marcelino Freire. Iara Biderman ganhou o Prêmio Clarice Lispector (Conto) por “Tantra e a arte de cortar cebolas” (Editora 34). Já a crítica literária levou o Prêmio Mário de Andrade (Ensaio Literário) por “O homem não existe” (Zahar).

A Biblioteca Nacional também premiou obras nas seguintes categorias: ensaio social, histórias de tradição oral, histórias em quadrinhos, ilustração, literatura infantil, literatura juvenil, poesia, projeto gráfico e tradução.

O primeiro lugar em cada categoria dá direito a um prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil. Os segundos e terceiros lugares recebem um diploma. O Prêmio Literário Biblioteca Nacional contemplou obras publicadas entre 1º de maio de 2024 e 30 de abril de 2025. Pedidos de reconsideração serão recebidos pela organização do prêmio entre 4 e 6 de novembro.

Confira abaixo todos os vencedores:

Prêmio Clarice Lispector (conto)

“Tantra e a arte de cortar cebolas”, de Iara Biderman (Editora 34)

“Infelizes à sua maneira”, de Lucas Verzola (Incompleta)

“Ao rés do chão", de Thalita Lucena (Patuá)

Prêmio Mário de Andrade (ensaio literário)

“O homem não existe”, de Lígia Gonçalves Diniz (Zahar)

“O grande relógio: a que hora o mundo recomeça (caderno em andamento 1), de Silviano Santiago (Nós)

“Modernismo negro: a literatura de Lima Barreto", de Jorge Augusto (Segundo Selo)

Prêmio Sérgio Buarque de Holanda (ensaio social)

“Assombros da casa-grande: a Constituição de 1824 e as vidas póstumas da escravidão”, de Marcos Queiroz (Fósforo)

“Cachorros: a história do maior espião dos serviços secretos militares e a repressão aos comunistas até a Nova República”, de Marcelo Godoy (Alameda Casa Editorial)

“Pretos novos do Valongo: escravidão e herança africana no Rio de Janeiro”, organização de Mônica Sanches (Bazar do Tempo)

Prêmio Akuli (histórias de tradição oral)

“Dono das palavras: a história do meu avô - Aki Oto: Api akinhagü”, de Yamaluí Kuikuro Mehinaku (Todavia)

“Histórias de muitos mundos: narrativas e crenças indígenas”, de Yaguarê Yamã (Moderna).

“A porta aberta do sertão: histórias da Vó Geralda”, de Geralda de Brito Oliveira, Isla Nakano e Renata Ribeiro (Relicário)

Prêmio Adolfo Aizen (histórias em quadrinhos)

“Quando nasce a autoestima?”, de Regiane Braz e Jefferson Costa (Trem Fantasma)

“Luanda no terreiro”, de Marcelo D'Salete (Companhia das Letrinhas)

“Filosofia do mamilo”, de Kael Vitorelo (Veneta)

Prêmio Carybé (ilustração)

“Pedro e Paulo”, de Fábio Severino (Joaquina).

“Prisma”, de Felipe Kehdi (Joaquina)

“Submersos”, de Estevão Azevedo e Vitor Bellicanta (Caixote)

Prêmio Sylvia Orthof (literatura infantil)

“Encaramujado”, de Vana Campos e Raquel Matsushita (PeraBook)

“Saudade”, de Alessandra Roscoe e Odilon Moraes (Gaivota)

“Azul Haiti”, de Paty Wolff (Companhia das Letrinhas)

Prêmio Glória Pondé (literatura juvenil)

“Giraflor e outros jequitinhonhas”, de Heloisa Pires Lima e Gildásio Jardim (FTD)

“Nossos mitos”, de Yaguarê Yamã e Danirampe (Pallas)

“Poesia travessia”, de Roseana Murray e Daniel Justi (Editora do Brasil)

Prêmio Alphonsus de Guimaraens (Poesia)

“Pote de mel e outros poemas”, de Leonardo Gandolfi (Editora 34)

“Palavra nenhuma”, de Lilian Sais (Círculo de Poemas)

“O pito do pango & outros poemas”, de Fabiano Calixto (Corsário-Satã)

Prêmio Aloísio Magalhães (Projeto Gráfico)

“Romance de cordel”, de Gustavo Piqueira (José Olympio)

“O livro de fazer livros: produção gráfica para edições”, de Gustavo Piqueira (Lote 42)

“Lobo Mau com dor de dente”, de Daniel Kondo (Carambaia)

Prêmio Machado de Assis (Romance)

“Guerra — I: ofensiva paraguaia e reação aliada novembro de 1864 a março de 1866”, de Beatriz Bracher (Editora 34)

“Vez em quando, Billie Holiday”, de Evandro Affonso Ferreira (Record)

“Escalavra”, de Marcelino Freire (Amarcord)

Prêmio Paulo Rónai (Tradução)

“Mulheres sobre as quais desejo escrever”, tradução de Karen Kazue Kawana e Bruna Tiemi Ogawa (org.); Luciana Miho Kawasaki, Luis Libaneo, Pedro Malta, Takeshi Ishihara e Tauanny Falcão (Desalinho Publicações)

“O livro africano sem título: cosmologia dos Bantu-Kongo”, tradução de Tiganá Santana (Cobogó)

“As mulheres famosas”, tradução de Adriana Tulio Baggio (Editora UFPR)