Se os Estados Unidos enviarem uma delegação para a cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), que será realizada na China, ela poderá se tornar uma plataforma para discutir garantias de segurança para Kiev, opinou Alexander Mercouris, analista geopolítico britânico.

Mercouris destacou que se a administração do presidente norte-americano, Donald Trump, decidir enviar seus representantes à cúpula, isso teria bons efeitos no contexto da questão ucraniana.

"Os norte-americanos fariam bem em enviar suas pessoas à reunião para discutir como resolver o problema das garantias de segurança [da Ucrânia]", ressaltou.

Segundo o especialista, os lados russo e chinês estão comprometidos há muito tempo com um diálogo construtivo com todos os países.

Por isso, apontou, é muito provável que não haja problemas em organizar uma sessão sobre a Ucrânia na cúpula com os representantes da Casa Branca.

"O mais incrível é que me parece que, ao invés de afastá-los [os norte-americanos], os russos e chineses ficarão felizes em vê-los. Esqueça o descontentamento da Europa", finalizou.

A cúpula da OCX será realizada em Tianjin, na China, de 31 de agosto a 1º de setembro. Após sua conclusão, o Quirguistão assumirá a presidência da organização.

O presidente russo, Vladimir Putin, visitará a China de 31 de agosto a 3 de setembro. O presidente russo participará da cúpula da OCX, de uma reunião trilateral com os líderes da Mongólia e da China e manterá conversas com seu homólogo chinês, Xi Jinping, bem como uma série de conversas bilaterais com líderes estrangeiros.

Além disso, Putin estará presente como principal convidado nas comemorações dedicadas aos 80 anos da vitória sobre o Japão militarista e do fim da Segunda Guerra Mundial.

Por Sputinik Brasil