Depois de garantir a medalha de bronze no skate nas Olimpíadas de Paris, Rayssa Leal, de 16 anos, quer ficar um pouco distante do esporte. Nem quer dar voltinhas descompromissadas pelas ruas da capital francesa. "Não mesmo, a cidade está lotada", diverte-se. O hiato vai valer, pelo menos, até a atleta voltar para casa, em Imperatriz, no Maranhão.

"Acho que vou ficar umas duas semanas sem andar de skate. Mas quando chegar em casa, provavelmente, vai dar uma vontade de andar e vou descumprir o que eu falei aqui agora", disse Rayssa, em entrevista à Fátima Bernardes.

Falando em lar, a atleta não vê a hora de reencontrar a família. Rayssa diz pensar o tempo todo na avó e na bisavó nas provas. Principalmente porque esta última lhe ensinou um mantra, para ajudá-la a superar os medos e obstáculos nas provas.

"Estou com saudade da minha bisa e da minha avó. Eu penso nelas (nas manobras difíceis). Eu falo uma frase que minha bisa sempre pede para eu falam sempre que estou com medo e nervosa que é: 'Deus vá na minha frente, me guie, me proteja". E aí, eu falo e dá tudo certo. É incrível. Incrível que todas as vezes que eu lembro e que falo isto dá certo".