Entre os 147 bairros da cidade do Rio de Janeiro, 36 registraram aumento nos roubos de veículos no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Na Zona Oeste, três bairros se destacaram pelo crescimento: Inhoaíba (aumento de 150%), Cosmos (72,7%) e Guaratiba (36,4%).

Em números absolutos, os bairros da região com mais ocorrências no período foram Bangu, com 222 registros, e Campo Grande, com 198.

Inhoaíba, que se separou de Campo Grande na década de 1990, teve dez casos de roubo de veículo de janeiro a junho deste ano, número 150% maior que os quatro registrados no mesmo período de 2024.

Cosmos contabilizou 19 registros nos seis primeiros meses de 2025, 72,7% a mais do que os 11 do ano anterior. Já Guaratiba teve 30 roubos de veículos, uma alta de 36,4% em relação aos 22 casos do primeiro semestre de 2024. Ilha de Guaratiba, por outro lado, registrou um caso neste ano, enquanto não havia registros no mesmo período do ano passado. Os demais bairros da região apresentaram queda no índice.

Em números absolutos, confira a lista dos bairros da Zona Oeste do Rio com mais casos de roubos de veículos no primeiro semestre de 2025:

Bangu: 222 casos

Campo Grande: 198

Realengo

Padre Miguel

Santa Cruz

Guaratiba: 30

Senador Camará

Deodoro

Jardim Sulacap

Santíssimo

O Mapa do Crime é uma ferramenta interativa desenvolvida pelo GLOBO para monitorar roubos e entender a dinâmica da violência na cidade. A plataforma reúne dados inéditos de delitos por bairro, permitindo identificar onde os crimes avançaram e quais são as áreas mais perigosas do Rio e de Niterói.

Após o lançamento da primeira edição em 2024, a segunda edição traz informações do primeiro semestre de 2025 sobre quatro tipos de crime — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros da capital fluminense e 51 de Niterói.

Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP), que normalmente divulga indicadores por áreas de batalhões e delegacias. O GLOBO solicitou microdados com maior precisão territorial, recebendo informações por bairro, o menor nível de detalhamento disponibilizado pelo ISP. É a primeira vez que esses indicadores criminais são apresentados com esse grau de especificidade para o Rio.