RJ em Foco
Bacellar será convocado pela CPI do Crime Organizado para depor no Senado
Presidente da Alerj foi preso por suspeita de obstrução de Justiça; ex-governador Anthony Garotinho também será convidado a depor, por seu 'conhecimento' sobre o crime organizado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado aprovou, nesta terça-feira, a convocação do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), para depor no Senado. Bacellar foi preso na semana passada, suspeito de obstruir uma operação da Polícia Federal. Nesta segunda-feira, a Alerj decidiu revogar sua detenção, mas o deputado segue custodiado em uma cela na Superintendência da PF no Rio.
O relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), justificou a convocação destacando que o Estado do Rio de Janeiro está "totalmente dominado pelo crime organizado". "É um laboratório do crime organizado e uma grande vitrine", afirmou o senador durante a sessão.
De acordo com o requerimento aprovado, "a contribuição do Senhor Rodrigo Bacellar é imprescindível para que esta Comissão Parlamentar de Inquérito possa construir um diagnóstico fidedigno acerca da ameaça representada pela infiltração econômica do crime organizado e, a partir de informações concretas e qualificadas, avaliar a eficácia das políticas públicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro atualmente em vigor no País".
A comissão também aprovou o convite para que o ex-governador Anthony Garotinho preste depoimento. Segundo o relator, Garotinho tem feito reiteradas denúncias sobre a infiltração do crime no governo estadual e possui "conhecimento qualificado sobre a dinâmica de atuação do crime organizado e suas possíveis conexões com agentes públicos".
O presidente da CPI, senador Fabiano Contarato (PT-ES), ressaltou que as oitivas serão fundamentais para compreender como decisões administrativas e relações políticas influenciaram o avanço do crime organizado no Rio de Janeiro. "As investigações têm mostrado que o crime organizado se fortalece quando encontra brechas dentro do próprio Estado. É nosso dever esclarecer quais estruturas favorecem esse processo", declarou Contarato.
A data dos depoimentos ainda não foi definida pela comissão.
Prisão do presidente da Alerj
Rodrigo Bacellar foi preso na última quarta-feira pela Polícia Federal, acusado de vazar informações sobre uma operação da PF contra o deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias. Segundo relatório da PF, Bacellar teria alertado o colega parlamentar sobre a prisão iminente e orientado a apagar dados do celular para eliminar provas.
TH Jóias responde a processos por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, além de ser suspeito de intermediar negociações de armas com o Comando Vermelho (CV). A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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