RJ em Foco
Secretário de Governo busca apoio para Bacellar e líder do governo nega envolvimento do Palácio
A iniciativa teria partido do próprio André Moura, um dos indicados de Bacellar no alto escalão do governo fluminense.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e líder do governo Cláudio Castro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Rodrigo Amorim (União), negou que haja qualquer interesse do Palácio Guanabara na votação que decidirá o futuro de Rodrigo Bacellar (União), atualmente preso. Segundo apuração do jornal O Globo, o secretário de Governo, André Moura, teria telefonado para parlamentares pedindo votos a favor da soltura do deputado.
De acordo com fontes, a movimentação partiu de iniciativa pessoal de André Moura, e não de uma orientação direta do governador Cláudio Castro. Moura é considerado um dos indicados de Bacellar no primeiro escalão do governo estadual.
— Não há nenhuma orientação do governo sobre o tema. Há o entendimento de que é um assunto interno e restrito à Casa — afirmou Rodrigo Amorim.
Nesta segunda-feira, a CCJ decidiu, por quatro votos a três, encaminhar ao plenário da Alerj um projeto de resolução para que os deputados decidam sobre a revogação ou não da prisão de Rodrigo Bacellar, presidente da Casa, detido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). A votação está marcada para as 15h, e a sessão do colegiado foi conduzida por Amorim em meio a clima tenso e troca de acusações entre os deputados.
Durante o debate, Amorim demonstrou preocupação em não afrontar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A declaração foi uma resposta ao deputado Vitor Junior (PDT), que sugeriu que o plenário votasse não apenas sobre a prisão, mas também sobre o possível afastamento de Bacellar da presidência da Alerj.
— A Constituição prevê que a gente decida sobre a prisão. Uma vez aprovada a soltura, será enviada ao ministro, que decidirá sobre o que foi decidido aqui. A decisão do ministro é absolutamente técnica, por mais que discordemos do mérito. Mas, por ora, até sob pena de enfrentarmos o Supremo, é preciso nos ater à prisão — destacou Amorim.
A reunião da CCJ atraiu parlamentares que não integram o colegiado, e alguns já anteciparam seus votos para o plenário. Amorim enfatizou que o projeto de resolução encaminhado não traz parecer favorável ou contrário da CCJ sobre a manutenção da prisão.
Nos bastidores da Assembleia, a expectativa é de que Bacellar seja solto. A decisão de limitar a deliberação apenas à prisão foi vista como uma forma de evitar possíveis sanções do STF. Entre os deputados, há o temor de que uma posição contrária à prisão possa ser interpretada como alinhamento a interesses de organizações criminosas.
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