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Altineu Côrtes, líder do PL na Alerj, evita orientar deputados e diz que eles devem votar 'com entendimento pessoal' sobre prisão de Bacellar
O deputado reconhece que a tendência majoritária entre parlamentares é pela revogação da prisão
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes, afirmou nesta quinta-feira que o partido não irá orientar a bancada da Alerj na análise sobre a prisão preventiva do presidente afastado da Casa, Rodrigo Bacellar. Segundo ele, apesar de reconhecer a gravidade do caso, cada parlamentar estadual deve decidir individualmente como votará quando o plenário for chamado a se manifestar.
“É um assunto extremamente delicado e muito triste. O nosso estado está passando por esse momento novamente, mas a minha orientação aos deputados estaduais é que cada um exerça o seu voto com o seu entendimento pessoal. O presidente Bacellar foi eleito com unanimidade, exerce grande relação pessoal com muitos deputados. Então, a orientação nossa é que cada um vote como queira votar”, disse Altineu.
O deputado reconhece que a tendência majoritária entre os parlamentares é pela revogação da prisão. Ele esteve na Alerj para cumprimentar o deputado Guilherme Delaroli e o irmão Marcelo Delaroli, de quem é muito próximo.
Questionado sobre uma possível contradição entre o discurso duro adotado pelo PL em relação ao crime organizado e a posição diante das suspeitas contra Bacellar, Altineu respondeu que o caso exige cautela.
“Uma ação como essa pode ter muitos desdobramentos. Tanto no caso do presidente da Assembleia quanto no do TH Joias, isso pode gerar diversas consequências. A relação pessoal que ele exerce como força política tem muito peso. Cada deputado vai responder pelo seu voto”, declarou.
Conselho a Delaroli e expectativa sobre condução do rito
Altineu também comentou sua conversa com o presidente interino da Alerj, Guilherme Delaroli, do mesmo partido, e elogiou o parlamentar.
“O deputado Guilherme Delaroli é um cara inteligente e competente. A minha opinião para ele foi que faça as coisas com cautela, com calma, dentro do regimento. Tenho certeza de que ele fará assim. Enquanto estiver na presidência, vai exercer o cargo com tranquilidade e responsabilidade”, afirmou.
Relação com Cláudio Castro e impacto no governo
O líder do PL afirmou ainda que não tratou especificamente do caso Bacellar com o governador Cláudio Castro. “Sobre o assunto específico, eu não falei com o governador. Obviamente, é uma situação delicada para ele. Afinal, estamos falando do presidente da Assembleia, poder que toca e participa do dia a dia do Estado. Mas o governador vai encarar os fatos com tranquilidade e com a atenção que merecem”, disse.
Destacando a pauta nacional do partido, Altineu reforçou que o PL “não compactua” com qualquer relação com o crime organizado. “Nosso objetivo principal hoje no Brasil é o combate ao crime organizado. É uma pauta nacional”, declarou.
Sucessão na Alerj
Sobre o impacto da crise na disputa pela sucessão à presidência da Alerj, o deputado disse que é cedo para qualquer projeção. “Ninguém esperava o que aconteceu. Todo mundo foi pego de surpresa. Acho muito cedo para falar em sucessão. O presidente hoje passa por essa situação de acautelamento e afastamento, mas isso pode ser temporário. Os deputados vão saber, no momento certo, qual será o melhor caminho”, concluiu.
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