O PSD decidiu, na tarde desta quinta-feira, orientar sua bancada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a votar pela manutenção da prisão preventiva do presidente afastado da Casa, Rodrigo Bacellar. A decisão foi tomada em reunião convocada pelo deputado Pedro Paulo, realizada na sede do partido, no Centro do Rio, com a presença dos seis parlamentares da sigla: Átila Nunes, Cláudio Caiado, Lucinha, Luiz Paulo, Munir Neto e Sérgio Fernandes.

A deliberação ocorreu após análise interna sobre a gravidade das acusações e o impacto institucional do caso. Em nota oficial divulgada após o encontro, o PSD ressaltou a defesa de “instituições fortes e blindadas contra a influência do crime organizado”, destacando que cabe ao plenário da Alerj decidir, com responsabilidade, sobre a manutenção da prisão do parlamentar.

“O PSD-RJ defende a manutenção da prisão preventiva, assegurando que as investigações possam avançar com independência e rigor — salvaguardando o direito à ampla defesa e ao contraditório”, diz o comunicado.

Apesar da orientação, o PSD enfatizou que o voto final será individual. O líder da legenda na Alerj, deputado Luiz Paulo, reforçou que a sigla apenas indica um caminho político, sem impor decisão aos parlamentares.

— Eu acho que é um partido político. Nas questões mais relevantes que acontecem no Parlamento deve sempre orientar o voto. Orientar o voto não quer dizer determinar o voto. Cada parlamentar, de acordo com suas convicções e de acordo com os autos, vai decidir. Como os autos ainda não chegaram, no meu entendimento, tudo que decide o voto é especulação. O voto que eu tenho, eu tirei da internet — afirmou.

Luiz Paulo acrescentou que já formou sua posição, mas só poderá formalizar o voto após analisar oficialmente o material enviado pela Justiça.

— Estamos funcionando como se fôssemos juízes. E o juiz não diz seu voto antes de receber os autos. Se os autos consignarem aquilo que eu já li, eu já decidi — declarou o líder.

Com essa orientação, o PSD se soma a partidos que já manifestaram apoio à manutenção da prisão de Bacellar, enquanto a Alerj se prepara para uma das votações mais tensas e decisivas da atual legislatura.