RJ em Foco
Advogado de Rodrigo Bacellar diz que deputado confia em revogação da prisão pela Alerj
A prisão deverá ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, pelo plenário da Casa
O advogado do deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), preso nesta quarta-feira (19) pela Polícia Federal, afirmou que o parlamentar está confiante de que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) irá suspender a prisão. Cabe à Casa referendar ou revogar a detenção do deputado.
— Conversei rapidamente com ele (Rodrigo Bacellar). Ele está bem. Está confiante de que amanhã a Assembleia Legislativa não vai referendar a prisão. A defesa ainda não teve acesso à íntegra da decisão que decretou a prisão dele, mas consideramos que a medida é totalmente desproporcional, já que Rodrigo não praticou nenhuma conduta ativa para tentar burlar a Justiça e o processo. E nem muito menos para auxiliar ou vincular o perdimento ou destruição de provas — declarou o advogado Bruno Borragine, ao deixar a Superintendência da PF no Rio.
A análise da prisão terá início na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após votação dos sete integrantes do grupo, o parecer do presidente da comissão, deputado Rodrigo Amorim (União Brasil), será levado ao plenário, onde os 70 deputados decidirão sobre a revogação. A prisão é revogada se o parecer receber pelo menos 36 votos.
Operação 'Unha e Carne'
O deputado estadual Rodrigo Bacellar foi detido na sede da PF por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bacellar é suspeito de envolvimento no vazamento de informações sigilosas da ação que resultou na prisão do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias, em setembro.
Segundo a Polícia Federal, a ação ilegal provocou obstrução nas investigações da Operação Zargunq, que apontou ligação de TH com a facção criminosa Comando Vermelho. O envolvimento do presidente da Alerj foi apontado pela PF com base em indícios apresentados como provas do possível vazamento.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro endereços ligados ao deputado — em Botafogo, Campos dos Goytacazes, Teresópolis — e no gabinete de Bacellar na Alerj. O ex-deputado TH Jóias também foi levado à sede da PF, onde permaneceu por cerca de 1h20, mas optou por permanecer em silêncio durante o depoimento.
A prisão de Bacellar ocorre no contexto da decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADPF 635/RJ (ADPF das Favelas), que determinou à Polícia Federal a condução de investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos no estado e suas conexões com agentes públicos. A decisão também prevê o afastamento de Bacellar da Presidência da Assembleia Legislativa.
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