O atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, está sob suspeita de vazar informações sigilosas sobre a Operação Zargun, que resultou na prisão, em setembro, do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias. Ele é investigado por envolvimento com a venda de armas e lavagem de dinheiro ligado ao tráfico. Além de Bacellar, outros parlamentares que ocuparam a presidência da Alerj também já foram presos. Veja os principais casos:

Vazamento de operação e destruição de provas

Segundo as investigações, o vazamento de informações por Bacellar teria possibilitado que TH Joias destruísse provas antes da chegada da polícia. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Jorge Picciani

O ex-deputado foi preso em novembro de 2017 durante a Operação Cadeia Velha, da Polícia Federal. Ele era apontado como integrante de um esquema de propina em troca de decisões favoráveis ao setor de transportes. Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do PMDB, também foram alvos da operação. Picciani faleceu em 2021, durante tratamento contra um câncer na bexiga.

Paulo Melo

A prisão de Paulo Melo ocorreu na mesma operação, em 2017. Ele presidiu a Alerj de 2011 a 2015, em dois mandatos consecutivos. Em 2020, foi novamente preso, dessa vez no âmbito da Operação Lava-Jato. As investigações apontaram desvios em contratos na área da saúde envolvendo organizações sociais, com interceptações telefônicas e quebras de sigilo telemático.

Sérgio Cabral

Cabral presidiu a Alerj entre 1997 e 1999, e novamente de 1999 a 2001. Ele foi preso na Operação Lava-Jato em 2016 e solto em 2022. O ex-governador foi acusado de liderar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propina. Em depoimento à Justiça em 2019, admitiu o envolvimento em corrupção durante seu governo.

José Nader

Nader presidiu a Alerj de 1991 a 1992 e de 1993 a 1994. Em 2008, foi alvo da Polícia Federal e indiciado por peculato e formação de quadrilha, por suposto favorecimento à Consultoria Grupo Sim em contratos sem licitação durante sua gestão na Assembleia.