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Polícia Federal faz buscas na Presidência da Alerj e Delaroli assume após prisão de Bacellar
Nos corredores da casa legislativa, o clima é de apreensão; aliados relatam que Bacellar desconfiava de monitoramento policial
O deputado estadual Guilherme Delaroli (PL) assumiu interinamente a presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na manhã desta quarta-feira, após a prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A medida segue o regimento interno da Alerj. Segundo fontes do gabinete, Delaroli — que ocupa a vice-presidência e está em seu primeiro mandato — é considerado um dos principais aliados de Bacellar. No momento em que foi informado da prisão do colega, Delaroli estava reunido com o governador Cláudio Castro, no Palácio Guanabara.
O clima na Alerj mudou rapidamente após a notícia. Funcionários foram orientados a não comentar o caso, e parlamentares relataram surpresa ao saberem da prisão pela imprensa. Nos corredores, o sentimento predominante é de apreensão. Deputados próximos a Bacellar afirmam que, nos últimos dias, o presidente demonstrava desconfiança e suspeitava estar sendo monitorado pela polícia.
Por volta das 9h, agentes da Polícia Federal chegaram ao prédio da Alerj para cumprir mandados de busca e apreensão no 8º andar, onde funciona o gabinete da presidência. A movimentação chamou a atenção de servidores e parlamentares presentes para compromissos matinais.
De acordo com aliados, Bacellar chegou à Assembleia por volta das 7h, horário habitual em que inicia o expediente, e, em seguida, dirigiu-se à Superintendência da Polícia Federal no Rio para prestar depoimento, onde acabou preso.
A detenção de Bacellar desencadeou uma corrida interna por informações e levantou dúvidas sobre a continuidade da agenda legislativa do dia. Deputados discutem a possibilidade de manter ou adiar a sessão, enquanto Guilherme Delaroli se dirige à Alerj para reunir-se com a procuradora-geral da Casa. O objetivo do encontro é esclarecer os desdobramentos jurídicos da prisão e definir os próximos passos da Mesa Diretora.
A operação da Polícia Federal e a prisão de Bacellar reconfiguraram o ambiente político na Alerj, surpreendendo aliados e impondo um clima de tensão na sede do Legislativo fluminense.
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