RJ em Foco
Aviso de presidente da Alerj a TH Joias permitiu destruição de provas e fuga antes de operação
Segundo a Polícia Federal, vazamento de informação resultou em obstrução das investigações da Operação Zargun
De acordo com a Polícia Federal, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), avisou o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, sobre a operação policial que resultaria em sua prisão, na véspera da ação. Conforme a corporação, o vazamento possibilitou que o parlamentar destruísse provas e deixasse sua residência horas antes da chegada dos agentes.
Bacellar foi preso nesta quarta-feira durante uma operação voltada ao combate do envolvimento de agentes públicos em vazamentos de informações sigilosas. A Polícia Federal afirma que essa conduta ilegal causou obstrução à investigação no âmbito da Operação Zargun. O envolvimento do presidente da Alerj foi descoberto durante as apurações da PF.
Investigações e mandados
Agentes da PF estão nas ruas para cumprir um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão, além de um mandado de intimação para cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia da Operação Zargun, a PF comunicou que instauraria inquérito para apurar o possível vazamento da ação. A suspeita surgiu porque TH Joias deixou sua casa na noite anterior à operação que resultaria em sua prisão. O deputado foi localizado posteriormente em outro endereço.
A ação ocorre no contexto da decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADPF 635/RJ (conhecida como ADPF das Favelas), que determinou à Polícia Federal a investigação da atuação dos principais grupos criminosos violentos do estado e suas conexões com agentes públicos.
Operação Zargun
Em setembro, o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, foi preso em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo as investigações, TH Joias utilizava o mandato na Alerj para favorecer o crime organizado. Ele é acusado de intermediar a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão, além de indicar a esposa de Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão — apontado como traficante e também preso — para um cargo parlamentar.
Na época, foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva, dos quais 15 foram cumpridos, além de 22 mandados de busca e apreensão, com ações em endereços na Barra da Tijuca, Freguesia (Zona Oeste) e Copacabana (Zona Sul). Na Alerj, policiais federais e procuradores recolheram um malote com apreensões.
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