RJ em Foco
Moraes decreta prisão de Rodrigo Bacellar; caso tramita no STF
Segundo a Polícia Federal, o vazamento de informações comprometeu a investigação da Operação Zargun
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso na manhã desta terça-feira (data a ser inserida) pela Polícia Federal. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o caso está em andamento. A ação tem como objetivo combater o envolvimento de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas relacionadas à investigação que resultou na prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias.
Ainda não há confirmação sobre como ocorreu o vazamento. De acordo com a Polícia Federal, a divulgação ilegal de dados comprometeu o andamento da investigação, conduzida no âmbito da Operação Zargun. O envolvimento do presidente da Alerj foi identificado durante as apurações da PF.
Mandados e investigações
Agentes da Polícia Federal cumprem um mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e um de intimação para medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
No dia da deflagração da Operação Zargun, a PF já havia anunciado a abertura de inquérito para apurar o possível vazamento. As suspeitas surgiram após TH Jóias deixar sua residência na véspera da operação, dificultando sua captura. O deputado foi localizado posteriormente em outro endereço.
A operação ocorre no contexto da decisão do STF no julgamento da ADPF 635/RJ (conhecida como ADPF das Favelas), que determinou à Polícia Federal a investigação da atuação dos principais grupos criminosos violentos do estado e suas conexões com agentes públicos.
Operação Zargun
Em setembro, Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Jóias, foi preso em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo a investigação, ele utilizava seu mandato na Alerj para favorecer o crime organizado, sendo acusado de intermediar a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão. Também teria indicado a esposa de Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão — apontado como traficante e também preso — para um cargo parlamentar.
Na ocasião, foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva, dos quais 15 foram cumpridos, além de 22 mandados de busca e apreensão, com ações em endereços na Barra da Tijuca, Freguesia (Zona Oeste) e Copacabana (Zona Sul). Na sede da Alerj, policiais federais e procuradores recolheram um malote com documentos e materiais apreendidos.
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