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Relator do projeto Antifacção alerta para avanço do crime organizado após prisão de presidente da Alerj
Senador Alessandro Vieira afirma que crime organizado se infiltra na política e defende urgência na aprovação do projeto Antifacção após operação da PF que prendeu Rodrigo Bacellar.
O relator do projeto Antifacção no Senado, Alessandro Vieira (MDB-ES), destacou nesta terça-feira (data atual), após a prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), que o crime organizado tem se expandido para a esfera política, o que reforça a necessidade de aprovação urgente do projeto.
Vieira apresentou o parecer do projeto nesta manhã e iniciou a leitura na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
— O avanço do crime organizado no Brasil se materializa aos nossos olhos. No dia de hoje, foi preso o presidente da Assembleia do Rio. Então, acho que a compreensão do que é crime organizado deve ser um preâmbulo. O crime organizado não é apenas a materialização do pobre, na favela, com fuzil. O crime organizado é uma estrutura econômica poderosa, infiltrada em todos os ramos do poder dentro e fora desse país — afirmou o senador.
Rodrigo Bacellar foi preso na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal durante operação voltada a combater o envolvimento de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas da investigação que levou à prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias. Ainda não há confirmação sobre como ocorreu o vazamento. Segundo a Polícia Federal, a ação ilegal prejudicou as investigações da Operação Zargun.
Agentes da PF cumprem um mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação para medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia da Operação Zargun, a PF já havia anunciado a abertura de inquérito para apurar um possível vazamento, após TH Jóias deixar sua residência na véspera da ação que resultaria em sua prisão. O deputado foi localizado posteriormente em outro endereço.
A operação ocorre em meio à decisão do STF no julgamento da ADPF 635/RJ (conhecida como ADPF das Favelas), que determinou à Polícia Federal a investigação da atuação dos principais grupos criminosos violentos no estado e suas conexões com agentes públicos.
Operação Zargun
Em setembro, o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Jóias, foi preso em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com as investigações, ele usava o mandato na Alerj para favorecer o crime organizado, sendo acusado de intermediar compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão. Também teria indicado a esposa de Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão — apontado como traficante e também preso — para um cargo parlamentar.
Foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva, dos quais 15 foram cumpridos, além de 22 mandados de busca e apreensão em endereços na Barra da Tijuca, Freguesia (Zona Oeste) e Copacabana (Zona Sul). Na Alerj, policiais federais e procuradores recolheram materiais apreendidos.
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