RJ em Foco
Com aula de Claude Troisgros, Ação da Cidadania inaugura laboratório dedicado à cultura alimentar brasileira no Rio
Localizado na Gamboa, espaço oferece cursos livres e de média duração para capacitar profissionais que atuarão em estabelecimentos comerciais e outros empreendimentos do setor alimentício.
A Ação da Cidadania inaugurou, nesta segunda-feira, o Laboratório de Práticas Alimentares, iniciativa vinculada à Escola de Gastronomia Social. A abertura do espaço contou com uma aula especial ministrada pelo chef Claude Troisgros, que celebrou a inauguração do laboratório na sede nacional da organização, no bairro da Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
— É uma aula que inaugura esse espaço, que tive o privilégio de acompanhar desde a sua construção. A Ação da Cidadania está realizando um trabalho inacreditável ao conectar arte, cultura e gastronomia, oferecendo a jovens do nosso país a oportunidade de entrar no mundo da arte gastronômica. Fico muito feliz de ser o chef a dar o pontapé inicial aqui. O impacto social é enorme — destacou Claude Troisgros.
O laboratório dispõe de infraestrutura profissional, inspirada nas melhores escolas de gastronomia do país. O ambiente será utilizado para a formação de novos profissionais, unindo técnica, produção de conhecimento e iniciativas de base comunitária, valorizando a comida como elemento de sobrevivência e direito.
O espaço oferecerá cursos livres e de média duração, com abordagem voltada para o desenvolvimento de competências para o mercado de trabalho e para a conscientização sobre o impacto social da gastronomia.
Na aula inaugural, Troisgros preparou um peixe com banana e batata-baroa, ingredientes emblemáticos da cultura alimentar brasileira.
— A potência da cultura alimentar brasileira nasce do encontro entre a valorização da nossa biodiversidade e dos indivíduos que residem nos territórios, transformando a cozinha em um lugar de pertencimento e memória. Formar profissionais que entendam a importância do conhecimento técnico aliado à valorização dos ingredientes e saberes locais é desenvolver o futuro da gastronomia. Aqui, cada prato conta uma trajetória e queremos que os nossos alunos contem as suas a partir das suas experiências na cozinha — analisou Winnee Louise, coordenadora da Escola de Gastronomia Social.
A Escola iniciou suas atividades em julho e já formou 180 alunos em cursos de curta e média duração, que unem prática intensiva, pesquisa e repertório sobre a cultura alimentar brasileira. Até 2026, a meta é formar mais 800 pessoas, com prioridade para públicos historicamente excluídos, como mulheres negras, LGBTQIAP+, povos e comunidades tradicionais e moradores de periferias. O objetivo é ampliar as oportunidades de renda e promover a emancipação econômica desses grupos.
— A Escola de Gastronomia Social fortalece o nosso Hub de Segurança Alimentar com uma formação que olha para as urgências do presente. Ensinar gastronomia considerando crises, clima e vulnerabilidades é preparar profissionais capazes de garantir o direito à alimentação em qualquer realidade. Combater a fome é também investir em conhecimento, trabalho e autonomia — afirma Jeniffer Barboza, gerente de Projetos da Ação da Cidadania.
A Escola também atua na criação de estratégias de inserção profissional, com banco de talentos e articulação com redes de parceiros. A Escola de Gastronomia Social — apresentada pelo Ministério da Cultura e apoiada pelo Grupo Carrefour Brasil e pela Ambev — integra o Hub de Segurança Alimentar e Nutricional da Ação da Cidadania, que reúne ainda iniciativas como a Cozinha Solidária RJ, Hortas Agroecológicas e o Banco de Alimentos.
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