O governo do Rio de Janeiro encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um Relatório Técnico-Probatório para justificar a “imprescindibilidade” da Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, no fim de outubro. O documento, entregue nesta segunda-feira, apresenta números atualizados de prisões e apreensões efetuadas durante a ação.

Segundo o relatório, foram presos 100 suspeitos — sendo 17 por mandado judicial e 83 em flagrante. O dado anterior, divulgado pela Polícia Civil, era de 99 presos. O total de fuzis apreendidos também subiu: agora são 96 armas, ante 93 informadas anteriormente.

A variação nos números de presos desde o início da megaoperação chamou atenção. Em coletiva realizada pelas secretarias estaduais de Segurança, Polícia Civil e Polícia Militar, o primeiro número divulgado foi de 113 suspeitos detidos. Posteriormente, em relatório enviado ao STF, o dado foi corrigido para 99 presos. Agora, o novo documento oficializa o número de 100 presos.

Números atualizados da operação:

Prisões efetuadas:

• Presos por mandado: 17
• Presos em flagrante: 83
• Adolescentes apreendidos: 9
• Com antecedentes criminais: 61
• Egressos do sistema prisional: 30
• Presos oriundos de outros Estados: 29

Apreensões:

• Armas de fogo: 122
• Fuzis: 96
• Pistolas: 25
• Revólver: 1
• Carregadores: 260
• Munições: aproximadamente 5.600 unidades
• Artefatos explosivos: 12
• Veículos: 15
• Drogas: cerca de 22 kg de cocaína e 2 toneladas de maconha

Confrontos:

• Mortos: 117
• Oriundos de outros Estados: 62

A operação teve como objetivo cumprir 51 mandados de prisão e 145 de busca e apreensão, expedidos pela 42ª Vara Criminal, com localização confirmada dos alvos na região. No relatório, o governo destacou que "o conjunto de resultados evidencia a magnitude e a efetividade da Operação, que atingiu plenamente seus objetivos estratégicos de desarticulação de núcleos armados, apreensão de material bélico de alto poder ofensivo e neutralização de agentes de elevada periculosidade, os quais resistiram à ação policial e optaram pelo confronto armado diante do cumprimento das ordens judiciais".