RJ em Foco
Justiça condena mulher a 64 anos de prisão por matar professora na Zona Oeste do Rio; corpo foi encontrado carbonizado
Vitória Romana Graça, de 26 anos, foi morta na madrugada no dia 10 de agosto de 2023
A Justiça do Rio condenou uma mulher a 64 anos de prisão pelo homicídio de Vitória Romana Graça, professora de 26 anos. A mulher foi morta 10 de agosto de 2023, em , na Zona Oeste do Rio. Durante a sessão de julgamento, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) sustentou que o assassinato foi premeditado e motivado pelo fim do relacionamento de Paula com sua filha, uma vez que a condenada acreditava que a vítima deixaria de ajudá-la financeiramente. De acordo com as investigações, Vitória colaborava com a família fornecendo cestas básicas. Vítima de um crime cruel, Vitória ficou cerca de 10 horas sob tortura. Após as extorsões, ela foi enforcada e queimada. O corpo foi encontrado carbonizado na Comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, Zona Oeste da capital.
Crime crueldade:
Veja:
Segundo a denúncia do MPRJ, os crimes foram cometidos por Paula em conjunto com a filha adolescente e seu irmão, Edson, que responde pelos mesmos fatos em outro processo. Os jurados acolheram integralmente a tese do Ministério Público, nos termos da denúncia, e rejeitaram todos os argumentos da defesa.
Visita na escola e sequestro
No dia 10 de agosto de 2023, por volta das 14h, a professora recebeu a visita de Paula e do irmão dela na Escola municipal Oscar Thompson, em Santíssimo, onde trabalhava. No local, segundo testemunhas, a mulher teria dito à Vitória que a filha não havia aceitado bem o fim do namoro e pediu que as duas conversassem “fora do seu local de trabalho”.
O irmão Paula, então, voltam para a casa da mãe da adolescente, na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, onde aguardam a chegada da professora ao fim do trabalho. Quando Vitória chega à residência, é imediatamente imobilizada pelos irmãos e pela jovem com quem teve um relacionamento de quatro meses. De acordo com o relato que o irmão de Paulo contou à polícia, a vítima é levada para um dos quartos do primeiro andar do imóvel e presa com fitas adesivas em uma cadeira.
Após uma série de transferências via PIX feitas pelo aplicativo bancário da vítima, Paula deixa sua casa acompanhada da filha e vai à residência de Vitória, em Campo Grande, para furtar pertences da vítima. Por volta de 2h, Paula passa em uma mercearia na comunidade onde mora para realizar pagamentos com o dinheiro obtido por meio da conta bancária de Vitória.
Quando retorna da residência da vítima, com roupas de cama, botijão de gás, panelas e produtos de beleza, Paula liga para a mãe de Vitória, às 5h, com o intuito de conseguir mais dinheiro. Porém, ao perceber que não conseguiria, pega uma corda e, com a ajuda de seu irmão, estrangula a professora.
Segundo o irmão de Paula, eles amarraram o pescoço e puxaram a corda durante 30 minutos. A ex-namorada observou a ação. Depois, com dúvidas se ela estava morta, abriram o olho da vítima e jogaram álcool. À polícia, ele disse que Vitória foi colocada numa mala e levada ao local em que seria queimada.
Ele ainda diz que ele mesmo abriu um pouco a mala e despejou dois litros de gasolina dentro dela, ateando fogo logo depois. O suspeito contou ainda que ele, a irmã e a sobrinha e ex-namorada de Vitória só deixaram o local quando as chamas estavam altas.
Na manhã do dia 11, por volta das 7h15, a polícia foi acionada para uma ocorrência na Praça Damasco, em Senador Camará. No chamado, já foi informado que se trataria de uma vítima carbonizada, até então sem identificação. O corpo foi encontrado pelas equipes por volta das 8h no local.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a professora ainda estava com vida quando teve seu corpo queimado. No exame foi apontada aspiração de fuligem.
Suspeitos presos no mesmo dia
No mesmo dia que a polícia encontrou um corpo, um vizinho da mãe da vítima auxiliava nas buscas pela professora em Senador Camará quando ouviu que duas moradoras haviam sido expulsas por “sequestrar uma pessoa”. As informações foram contadas para agentes que participavam das buscas, quando passavam pelo local, por volta das 15h, em uma viatura. Mãe e filha foram encontradas às margens da Avenida Santa Cruz naquela tarde e levadas para a delegacia.
'Casa dos horrores':
Lá, as duas prestaram depoimento e se tornaram as principais suspeitas pelos crimes de sequestro e assassinato. Paula — que já tinha um mandado em aberto por roubo qualificado — foi presa, e a filha dela, de 14 anos, apreendida. Dois dias depois, Paula teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia. À polícia, a adolescente disse não ter envolvimento com o crime.
'Mataram a minha filha por pouca coisa':
No dia 16, Edson Alves Viana Junior, o irmão, foi preso temporariamente após confessar participação na morte da professora. Em seu depoimento ele deu detalhes da participação das duas suspeitas e como se deu o crime.
Mais lidas
-
1DEFESA E TECNOLOGIA
Caça russo Su-35S é apontado como o mais eficiente do mundo, afirma Rostec
-
2VIDA PROFISSIONAL
Despedida de William Bonner: dicas de Harvard para equilibrar trabalho e vida pessoal
-
3ABUSO DE AUTORIDADE E AMEAÇA
Escândalo em Alagoas: Secretário Julio Cezar ameaça usar o poder do Estado contra subtenente do Exército
-
4INSPIRAÇÃO NA VIDA REAL
Ator de 'Tremembé' revela inspiração para personagem Gal
-
5TV E ENTRETENIMENTO
'Altas Horas' recebe Ludmilla e Arnaldo Antunes neste sábado