RJ em Foco
O impacto da megaoperação em imagens: corpos são enfileirados na praça após confronto na mata no Alemão e na Penha
Subiu para 124 o número de mortos na operação liderada pelo governador Cláudio Castro
A princípio, eram 64 mortes contabilizadas pelas autoridades em meio à guerra entre policiais e criminosos na . Trata-se da operação mais letal da história fluminense.
Retirada dos corpos:
Posso sair de casa?
Depois, vieram mais corpos — 60, no total
O número ainda pode aumentar. De acordo com a TV Globo, seis corpos foram deixados, também nesta quarta-feira, no Hospital estadual Getúlio Vargas, que concentrou o atendimento aos baleados na megaoperação.
O impacto da megaoperação em imagens
Os corpos começaram a chegar na Praça São Lucas por volta das 3h da madrugada. Foram retirados da mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia. Chegaram em caçambas de caminhonetes e foram colocados na praça pelos próprios moradores ao longo de toda a manhã.
Os cadáveres foram cobertos por lonas, lençóis floridos, cobertores e plásticos de piscina que emprestavam um colorido desconcertante à cena fúnebre. Quase todos os corpos estão em cima de uma grande lona preta manchada de sangue, leito que os separa do asfalto quente.
Não é ampla a via adjacente à praça onde os cadáveres foram enfileirados. Deste modo, em torno deles, se formou um amontoado de gente, espremida, entre familiares angustiados e curiosos.
A fila de mortos estava posicionada entre uma loja de sorvetes e uma creche. Mais precisamente a Creche da Associação de Moradores do Parque Proletário da Penha. Ao final da via, há um supermercado, além de toda uma sorte de pequenos estabelecimentos comerciais, como chaveiros e lojas de equipamentos para celulares.
Nas imagens aéreas feitas pelos repórteres fotográficos do GLOBO, destacam-se três rabecões da Defesa Civil, laranjas, em meio à multidão. Em outra imagens, três mulheres seguram um cartaz com o protesto escrito em vermelho: "Cláudio Castro assassino terrorista!".
Lamento
Mulheres — são elas que aparecem, em grande maioria, ajoelhadas, aos prantos, diante dos corpos que são masculinos em sua totalidade. Elas encostam as mãos nos rostos que repousam ali, no asfalto. Estão se despedindo.
Se abraçam e se consolam, enxugam o rosto umas das outras. Há uma grávida entre elas.
Exposição para facilitar a identificação
Conforme a quantidade de corpos aumentou, decidiu-se, ali, deixá-los à vista, para facilitar o reconhecimento por parte de familiares, conforme apurou os repórteres do GLOBO presentes na Praça São Lucas. São corpos de homens jovens, que aparentam ter entre 19 e 40 anos, aproximadamente. Eles estão, em sua maioria, apenas de cueca.
Todos estão feridos, com marcas no peito, na cabeça, no tronco ou nos braços. São feridas largas, que expõem o contexto violento das mortes.
Por volta das 10h, equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegaram à praça onde os corpos estão expostos. Os PMs subiram uma das ruas que dá acesso a comunidades mais acima do Complexo da Penha. Houve correria de moradores, assustados com a chegada da polícia. Simultaneamente, chegou mais um rabecão do Corpo de Bombeiros para remover os mortos.
Atenção: conteúdo sensível a seguir
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado