RJ em Foco
Planalto descarta por ora uso de GLO em guerra no Rio; saiba o motivo
Governo irá defender ações de planejamento integrado entre as polícias do Rio de Janeiro, com Polícia Federal, Exército e Ministério da Justiça, com uso de troca de informações de inteligência
O Palácio do Planalto não vê perspectiva de adoção de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o agravamento da crise de segurança pública no Rio de Janeiro, após operação policial de combate ao Comando Vermelho que resultou na morte de 64 pessoas. Na visão de auxiliares, Lula não deve adotar uso das Forças Armadas para reverter a situação da violência urbana.
Um ministro palaciano afirmou que Lula não irá "mandar tanques" para o Rio de Janeiro para resolver a situação da violência carioca. O presidente Lula passou a terça-feira voando da Ásia, e tem previsão de pousar em no final da noite, quando passará a tratar do tema.
A operação comandada pelo governador Claudio Castro, mas também com participação do Ministério Público, foi classificada como "desastrosa" por auxiliares de Lula.
O entorno presidencial afirma que Lula não concorda com emprego de GLO nesse tipo de situação e que, por isso, não deve usar esse dispositivo.
Essas mesmas pessoas entendem que o governo irá defender ações de planejamento integrado entre as polícias do Rio de Janeiro, com Polícia Federal, Exército e Ministério da Justiça, com uso de troca de informações de inteligência de todas essas agências. Outra orientação é de o governo não ampliar o tom com Claudio Castro, mas buscar uma aproximação, de modo a evitar um ambiente de disputa política.
No Palácio do Planalto, ministros defendem que o governo federal deve participar desde o planejamento até a execução das ações policiais do Rio de Janeiro e não apenas fazer empréstimo de equipamentos.
Na visão de um nome próximo a Lula, foi um erro do governador tentar enfrentar o Comando Vermelho apenas com a polícia do Rio. Claudio Castro reclamou publicamente do governo Lula após a operação e disse que o governo do estado estava "sozinho" e relatou que pediu o apoio logístico de blindados, em três oportunidades. As solicitações foram negadas.
Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que o pedido de blindados para o governo do Rio de Janeiro só pode ser atendido mediante GLO, que ocorre apenas mediante decreto do presidente da República.
Uma reunião foi convocada no Palácio do Planalto para tratar da crise na segurança do Rio. Irão participar o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, com representantes do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
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