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Defesa diz que pedido de blindado por Castro não tinha relação com operação contra CV e só poderia ser atendida com GLO

Por meio de nota, Ministério da Defesa afirmou que o apoio logístico por blindado foi solicitado por Claudio Castro em janeiro de 2025

Agência O Globo - 28/10/2025
Defesa diz que pedido de blindado por Castro não tinha relação com operação contra CV e só poderia ser atendida com GLO
- Foto: Reprodução

O Ministério da Defesa afirmou que o pedido de blindados para o governo do Rio de Janeiro só podem ser atendidos mediante Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que ocorre apenas mediante decreto do Presidente da República. Depois de ação na manhã desta terça-feira nos complexos do Alemão e da Penha, Claudio Castro reclamou da falta de apoio da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e disse que estava sozinho no combate ao crime no Rio de Janeiro. Ao menos 60 pessoas foram mortas em violentos tiroteios.

Por meio de nota, o Ministério da Defesa afirmou que o apoio logístico por blindado solicitado por Claudio Castro em janeiro de 2025 estava relacionado a um caso de dezembro de 2024, quando a capitã de mar e guerra da Marinha do Brasil morreu ao ser atingida por uma bala no Hospital Naval Marcílio Dias. Esse ofício foi submetido para análise da Advocacia-Geral da União (AGU) que afirmou que o pedido só poderia ser atendido por meio de GLO.

O governador Claudio Castro citou a negativa de blindados em coletiva de imprensa após a operação:

— Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando — reclamou Castro.

Veja a íntegra da nota:

"O Ministério da Defesa informa que, quando o Governo do Estado do Rio de Janeiro encaminhou ofício solicitando o apoio logístico da Marinha do Brasil (em janeiro de 2025), por meio do fornecimento de veículos blindados (CLAnf), o referido pedido foi submetido à análise da Advocacia-Geral da União (AGU). O ofício estava relacionado ao episódio ocorrido em dezembro de 2024, quando uma Capitã de Mar e Guerra da Marinha do Brasil faleceu ao ser atingida por uma bala no Hospital Naval Marcílio Dias. Naquele momento, a Marinha posicionou veículos blindados no perímetro do hospital, respeitando o limite legal de 1.400 metros em torno de instalações militares, medida voltada à segurança da área e dos militares. A AGU emitiu parecer técnico indicando que a solicitação do governo do RJ somente poderia ser atendida no contexto de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que demandaria Decreto Presidencial."