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Crimes de 'serial killer' brasileira repercutem na imprensa internacional: 'realidade superou a ficção'

Ana Paula Veloso está presa acusada por quatro assassinatos, dos quais confessou ter cometido dois. Polícia destaca frieza das ações e dos relatos

Agência O Globo - 17/10/2025
Crimes de 'serial killer' brasileira repercutem na imprensa internacional: 'realidade superou a ficção'
Ana Paula Veloso - Foto: Reprodução / Redes Sociais

A prisão da universitária Ana Paula Veloso, indiciada por quatro assassinatos — dos quais três no estado de e um no do — tem gerado grande repercussão. Além de detalhes dos crimes descobertos e até revelados pela estudante de Direito, o delegado responsável, Halisson Leite, a descreveu como uma “criminosa contumaz” e “serial killer”. O caso ganhou espaço em publicações internacionais, como na Frande e no Reino Unido.

'Serial killer':

Vídeo:

O francês Le Parisien destaca que "a história parece um filme", em que a "realidade superou a ficção". A publicação há dois dias traz um resumo do caso, como os quatro assassinatos pelos quais Ana Paula vai responder. Ela nega ter cometido dois deles, sendo o tunisiano Hayder Mhazres, com quem teria tido um relacionamento, e Maria Aparecida Rodrigues, o qual era amiga.

A matéria ainda destaca que ela é descrita pelas autoridades como uma "verdadeira assassina em série" e que os "crimes foram cometidos com motivos vis", além de sem chance de defesa das vítimas, todas envenenadas.

Delegacias e 190:

O jornal britânico Daily Mail destaca que Ana Paula é "acusada de ter prazer em matar" e de ser "extremamente manipuladora". A publicação ainda lembra que a universitária admitiu ter matado 10 cães para testar a dosagem do veneno que teria sido usado nos quatro crimes os quais é acusada.

"Ana Paula tem prazer em matar." A frase dita pelo delegado de São Paulo Halisson Leite é citada pela publicação do Reino Unido. Ainda é destacada a "frieza" e a "falta de remorso".

Morte por feijoada:

O britânico The Sun, em uma das publicações, chama a atenção para um dos dois casos que Ana Paula confessou. Ela contou, em depoimento, que manteve o corpo de sua primeira vítima em casa e que só chamou a polícia quando o cheiro de podre começou a incomodar seu filho e os vizinhos. O homem foi identificado como Marcelo Hari. Segundo a suspeita, ele teria sido morto com um golpe de faca, mas não havia sinais de violência no corpo.

"Fernandes disse que só chamou a polícia após cinco dias, depois que seu filho reclamou do cheiro e percebeu larvas rastejando pela casa", diz trecho da publicação britânica. Inicialmente, o caso foi encerrado por falta de provas, sendo reaberto após a filha da vítima recorrer à Justiça.

O International Business Times, com sede nos Estados Unidos, em uma matéria falou sobre os quatro casos pelos quais Ana Paula é investigada. Assim como os demais, a publicação destaca que a acusada teria matado todas as vítimas envenenadas. A matéria ainda traz que Michelle Paiva da Silva teria encomendado a morte do próprio pai, o aposentado Neil Correa da Silva, de 65 anos. As duas mulheres eram colegas de classe no curso de Direito, no Rio de Janeiro. Michelle, que também está presa, teria pago cerca de R$ 4 mil para que a suspeita o envenenasse. O idoso morreu após comer uma feijoada.