RJ em Foco
Irmão de mulher presa por ajudar 'serial killer' a matar com feijoada envenenada diz que ela foi manipulada por uma 'psicopata'
Segundo investigações do 1º Distrito Policial de Guarulhos, em São Paulo, Michelle Paiva da Silva contratou Ana para matar o próprio pai, com quem não tinha uma boa relação
Na terça-feira, a polícia prendeu a motorista de ônibus Michelle Paiva da Silva, suspeita de envolvimento na morte do próprio pai, Neil Correa da Silva, de 65 anos. O idoso foi apontado como a terceira vítima da estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, acusada de matar quatro pessoas por envenenamento — uma no Estado do Rio, em Duque de Caxias, e três no Estado de São Paulo, na capital e em Guarulhos. O irmão de Michelle, no entanto, defendeu a irmã no Fantástico deste domingo. Em entrevista ao programa, ele disse que a irmã foi mais uma vítima de Ana Paula, a quem classificou como “psicopata”.
Boemia:
Onde a cidade é do barulho?
“Vou te falar, no passado, eu desconfiei. E hoje eu não tenho dúvida de que a minha irmã foi vítima de uma psicopata. Ela dopou a minha irmã pra poder ficar sozinha com o meu pai”, disse ele.
De acordo com o irmão, Michelle ficou desorientada após a morte do pai.
“A minha irmã, quando levantou, não estava entendendo nada. Tipo assim: depois de um tempo do sepultamento, a minha irmã estava falando assim: ‘Gente, eu estava achando que isso era um pesadelo’”, afirmou
Segundo investigações do 1º Distrito Policial de Guarulhos, em São Paulo, Michelle contratou Ana para matar o próprio pai, com quem não tinha uma boa relação.
O idoso morreu em 26 de abril deste ano, em Duque de Caxias, na Baixada. Segundo a investigação da Polícia Civil de São Paulo, o caso envolveu diretamente a irmã da universitária, Roberta: "As comunicações entre Ana Paula e sua irmã Roberta Cristina Veloso Fernandes — mensagens e áudios recuperados por extração forense — revelam planejamento prévio, divisão de tarefas, discussões sobre pagamento e o emprego de 'código' para se referirem ao homicídio: chamavam de 'TCC' a execução da morte.
Quatro mortes:
Em diversos trechos, Roberta orienta Ana Paula a 'cobrar' por futuros 'TCCs', fixa R$ 4.000,00 como “valor mínimo” e recomenda o uso exclusivo de dinheiro em espécie para aquisição de “taxas/insumos”, deixando claro o propósito de dissimular rastros financeiros", afirma o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º DP, num trecho do relatório da investigação ao qual O GLOBO teve acesso.
A própria Ana Paula admite ter dado comida "batida no feijão" a Neil, num áudio enviado à irmã, e diz que “não conseguiu fazer o TCC como planejado”. Segundo o ex-marido de Michelle contou à polícia, quando Neil passou mal em sua casa, apenas a filha do idoso e Ana Paula estavam na residência. Nesta quinta-feira, o corpo de Neil foi exumado pela polícia para exames que podem apontar se ele foi vítima de envenenamento.
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