Política

Câmara vota nesta quarta cassação dos mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli

Sessão plenária definirá futuro político dos deputados, ambos acusados de quebra de decoro parlamentar.

10/12/2025
Câmara vota nesta quarta cassação dos mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli
Deputados na sessão do Plenário desta terça-feira - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados deve decidir nesta quarta-feira, 10, sobre a cassação dos mandatos de Glauber Braga (PSOL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP). A sessão está marcada para o período da tarde.

A votação terá início pelo caso de Glauber Braga, alvo de representação apresentada pelo Partido Novo em abril de 2024 por quebra de decoro parlamentar. Nesta terça-feira, 9, o deputado foi retirado à força da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa após ocupar a cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), em protesto contra o processo disciplinar.

Em 2024, Glauber também expulsou, aos chutes, o influenciador Gabriel Costerano, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), dos corredores da Câmara. Em abril, o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação feito pelo Novo, encaminhando o processo ao plenário. Na ocasião, Glauber Braga chegou a fazer greve de fome por nove dias.

Na mesma sessão, deve ser votada a cassação da deputada Carla Zambelli, atualmente presa na Itália, para onde fugiu após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O processo que será analisado nesta quarta-feira envolve duas etapas: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vota o relatório sobre o caso e, em seguida, o resultado precisa ser referendado pelo plenário. Na prática, a CCJ decide se recomenda a cassação, mas a decisão final cabe ao conjunto dos deputados.

A análise do caso de Zambelli decorre de sua condenação em junho, quando o STF a sentenciou a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada pelo hacker Walter Delgatti Neto. Caso a CCJ aprove o relatório, o plenário decidirá imediatamente.

Dois meses depois, o STF voltou a condenar a deputada, desta vez a cinco anos e três meses de prisão, também com perda do mandato, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal no episódio em que perseguiu um homem armada, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.