A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou para o próximo ano a votação do projeto que atualiza a lei de impeachment no Brasil. A decisão foi tomada a pedido do relator, senador Weverton Rocha (PDT-MA), e o texto trata das regras para o afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Weverton, ainda estão sendo recebidas sugestões para aprimoramento da proposta. Após reunião com o autor do projeto, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na manhã desta quarta-feira (10), ficou definido que haverá mais uma sessão de debates antes da votação.

“Estive com Rodrigo Pacheco nesta manhã, que é o autor dessa lei, e ele me fez a seguinte sugestão: Weverton, já realizamos audiências, vamos só pedir mais uma sessão de debate no plenário do Senado na volta do recesso, para que a gente possa dar mais luz ao relatório, voltar para a CCJ para que a gente aprofunde esse debate e vote”, afirmou o relator.

Weverton também destacou que recebeu sugestões de mudanças não apenas de senadores, mas também das Forças Armadas e de membros do Ministério Público.

Com o adiamento, o projeto deixa de ser votado em meio à repercussão da decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF, que dificultou a tramitação de pedidos de impeachment contra magistrados da Corte no Senado.

“Primeiro, a gente sai dessa discussão menor de estar fazendo lei para discutir liminar dada recentemente. Não é o objetivo da lei e muito menos o espírito dela”, concluiu Weverton.