O senador Confúcio Moura (MDB-RO) destacou, nesta terça-feira (18), a importância da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém, e elogiou o empenho do governo do Pará e do governo federal na preparação da cidade para receber autoridades e especialistas de diversos países.

Em pronunciamento, o parlamentar enfatizou a necessidade de mostrar a realidade da Amazônia e discutir, de forma transparente, os desafios ambientais e sociais da região. Ele abordou a desigualdade persistente na Amazônia, mencionando a carência de saneamento básico, a presença de palafitas e o despejo de esgoto nos rios.

Confúcio Moura relacionou a pobreza à preservação ambiental, ressaltando que muitas famílias recorrem à exploração da floresta devido à falta de renda, emprego e qualificação. Ele defendeu a implementação de políticas públicas que promovam melhores condições de vida para a população local.

— Sabemos que a Amazônia é uma das regiões que mais sofre com a desigualdade, nem falo internacional, mas nacional. Se analisarmos os indicadores dos estados amazônicos, veremos o profundo e injustificado disparate dessa desigualdade. A falta de saneamento é visível. O esforço para mostrar a Amazônia como ela realmente é, sem esconder nada, foi justificado para que se possa comparar dois indicadores fundamentais: a pobreza e a preservação ambiental — afirmou o senador.

O parlamentar também ressaltou que o Brasil não pode depender apenas de recursos externos para combater o desmatamento, as queimadas e a contaminação dos rios. Segundo ele, é fundamental investir em ações internas, criar fundos próprios e apostar em educação e pesquisa científica para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade da região. Confúcio Moura destacou ainda a importância da bioeconomia e o papel das universidades amazônicas no estudo e valorização dos recursos naturais.

Durante o discurso, o senador criticou declarações do chanceler alemão Friedrich Merz, feitas durante visita à COP 30, que, segundo Moura, teriam menosprezado o Brasil. Ele fez referência à fala atribuída ao diplomata e lembrou que o país já acolheu imigrantes alemães em momentos de crise, afirmando que a Alemanha ignora fatos históricos relevantes.