Mesmo após conseguir a nomeação de sua tia para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, deve adiar o cumprimento da promessa que fez ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): deixar o Partido Liberal, sigla comandada nacionalmente por Jair Bolsonaro.

Segundo revelou a coluna do jornalista Igor Gadelha, no portal Metrópoles, a permanência de JHC no PL se deve a uma estratégia de cautela. Embora Lula tenha feito sua parte no acordo — assinando, na última quinta-feira (10/7), a nomeação da procuradora alagoana Maria Marluce Caldas, tia do prefeito, para o STJ —, JHC sinalizou a aliados que não irá se desligar do PL enquanto a indicação não for aprovada pelo Senado Federal.

Durante as tratativas, JHC teria prometido migrar para uma sigla mais alinhada ao governo federal em troca do apoio de Lula à indicação da tia. A sinalização de apoio por parte do presidente da República foi interpretada como um gesto político que poderia facilitar uma eventual aproximação do gestor maceioense com o Planalto.

No entanto, com a nomeação ainda sob análise do Senado, o prefeito decidiu adiar a mudança partidária e seguir por enquanto vinculado ao grupo político de Bolsonaro, o que deve gerar desconforto tanto entre bolsonaristas quanto entre petistas.