Política
Múcio diz que fim da CPI do 8 de Janeiro vai contribuir na relação com militares
Ministro da Defesa falou em "clima de harmonia" e defendeu necessidade de fim de clima de suspeição com militares
Após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer um aceno aos militares na cerimônia do Sete de Setembro, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou haver um "clima de harmonia e trabalho" entre o Planalto e as Forças Armadas, mas que ficará melhor quando a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de Janeiro for encerrada — o que está previsto para ocorrer apenas em novembro. Segundo ele, é preciso acabar com o clima de suspeição em relação aos militares, causados pelo avanço das investigações da Polícia Federal com integrantes das Forças:
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— Já existe um clima de harmonia e trabalho. Evidentemente que, quando encerrar a CPMI, essas coisas todas, o clima de suspeição, vai ficar ótimo — afirmou o ministro após o desfile.
O Planalto optou por dar evidência apenas às Forças Armadas no desfile de Sete de Setembro, com o intuito de demonstrar o ambiente de normalidade na relação institucional entre governo e os militares, após tensionamento gerado com os atos golpistas de 8 de janeiro e o avanço de investigações da Polícia Federal sobre os fardados. Entre integrantes das Forças, o desfile era visto como oportunidade de demonstrar ao presidente compromisso com a legalidade e a chance de “virar a página” das tensões.
Múcio tenta ter acesso aos nomes que estão sendo investigados pela PF para que as Forças possam providenciar punições destes militares e retirar clima de desconfiança da instituição. Os processos, no entanto, correm em segredo de Justiça e ainda não houve retorno da Corte sobre a solicitação do ministro. Na CPMI, o hacker Walter Delgatti relatou que esteve no Ministério da Defesa do governo Bolsonaro, onde conversou com militares sobre a fraude das urnas eletrônicas.
— Nós vamos ter algumas pessoas indiciadas pela CPMI (dos Ataques Golpistas). A própria Justiça vai dizer quem são os outros nomes. E nós, vou falar como se fosse Forças Armadas, vamos tomar as nossas providências, porque nós precisamos nos libertar dessa suspeição. Eu quero sair do patamar de suspeito para o patamar de parceiro. Eu quero ajudar este governo. Fazer desse país um país mais fraterno — disse ele neste semana ao podcast do 2+1, com os colunistas Vera Magalhães e Carlos Andreazza, do O GLOBO e da rádio CBN.
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