Política
Tradicional evento no 7 de Setembro, Grito dos Excluídos vai às ruas e pede prisão de Bolsonaro
Mobilização popular, realizada desde 1995, acontece em mais de 100 cidades pelo país
O tradicional Grito dos Excluídos, promovido por movimentos populares no feriado do Sete de Setembro desde 1995, realiza atos em cerca de 100 cidades pelo país na edição deste ano. As bandeiras das marchas propõem um contraponto à mobilização militar, e costuma reunir cartazes e tom de protesto pedindo inclusão. No primeiro ano após a saída de Jair Bolsonaro, em muitas cidades o Grito dos Excluídos volta a ocorrer próximos aos eventos oficiais. Diferentemente de outros anos, a capital federal não terá manifestação.
Nos cartazes, as reivindicações tiveram como destaque pedidos pela prisão do ex-presidente, pelos direitos dos povos indígenas, além de homenagens a vítimas da violência policial. O tema central do Grito em 2023 é "Você tem fome e sede de quê?", a fim de discutir o acesso à comida e água no país. O lema anual é sempre relacionado ao utilizado na Campanha da Fraternidade, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
No Rio de Janeiro, mães de vítimas da violência policial estiveram à frente dos manifestantes, abrindo o ato, que acontece no Centro da cidade, próximo ao local onde é realizado o tradicional Desfile Militar do Sete de Setembro, partiu da Uruguaiana com a Presidente Vargas, em direção à Praça Mauá. Com uma grande faixa, elas se apresentaram como familiares de vítimas da "violência letal do Estado" e pediram pelo fim das chacinas nas favelas e periferias da cidade. As mães também levaram camisetas com os fotos e ilustrações dos rostos de seus filhos.
O ato no Rio também contou com a presença do deputado federal Tarcísio Motta (PSOL). Nesta quarta-feira, o partido apontou, em convenção municipal, a pré-candidatura do político à prefeitura do Rio. A antecedência do lançamento marca uma tentativa de rachar o apoio de partidos de esquerda ao prefeito Eduardo Paes (PSD).
Em São Paulo, as principais reivindicações foram pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma caminhada da Avenida Paulista ao Parque Ibirapuera, manifestantes ecoaram gritos de "Bolsonaro na cadeia" e carregaram cartazes com os dizeres: "Você tem fome de quê? Prisão de Bolsonaro".
Nos demais estados, manifestantes trouxeram outros temas, como pedidos pela não aprovação do Marco Temporal e direitos da comunidade LGBTQIA+. Em Belém, no Pará, manifestantes carregaram estandartes com nomes como Dom Phillips, Bruno Pereira e Chico Mendes, em reivindicação pela preservação da Floresta Amazônica.
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