Política
Protestos e ode ao pré-sal: como foram os Sete de Setembro nos primeiros governos de Lula
Nos outros dois mandatos do petista, os desfiles também refletiram momentos políticos e econômicos do país
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quinta-feira do seu primeiro desfile do Sete de Setembro em seu terceiro mandato. Em meio às crises envolvendo militares e a politização das Forças Armadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula deve usar o desfile para pregar a união, acenar aos militares, “desbolsonarizar” o desfile e “resgatar os valores da República”.
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Nos seus outros dois mandatos, os desfiles do Sete de Setembro também refletiram momentos políticos e econômicos do país. Em 2005, Lula fez um pronunciamento em cadeia nacional após estourar o escândalo do mensalão. Apesar de ter destinado parte da sua fala para tratar das denúncias de corrupção que envolviam seu partido, o PT, ele também ressaltou os avanços da economia. À época, Lula também defendeu uma investigação do mensalão e acusava que havia um uso político das denúncias.
No dia do desfile, havia cartazes contrários à Lula na Esplanada dos Ministérios. Houve, ainda, registro de manifestações em várias cidades do país.
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A partir de 2006, Lula deu um tom econômico para os seus pronunciamentos do Sete de Setembro. Naquele ano, por exemplo, frisou resultados positivos na economia provocados por ajustes feitos em anos anteriores. No ano seguinte, exaltou o lançamento do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) e seus resultados para a economia.
Em 2009, apesar da crise econômica mundial que teve o ápice em 2008, foi a vez de Lula tecer elogios ao pré-sal. O presidente chegou a receber o primeiro litro de óleo retirado no pré-sal.
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Em 2010, seu último desfile como presidente da República e meses antes de Dilma Rousseff ser eleita, Lula usou seu discurso para defender sua sucessora. À época, ela estava sendo acusada por José Serra de ter envolvimento no caso de violação e acesso de sigilos de pessoas ligadas ao PSDB, seu partido. No desfile, Lula apareceu no palanque destinado às autoridades ao lado de Michel Temer (MDB), vice-presidente na chapa de Dilma e que assumiu o governo após o seu impeachment.
Para este ano, como o GLOBO mostrou, o evento deve contar com um esquema de segurança semelhante ao visto na posse. As cúpulas do Exército e do Ministério da Defesa não acreditam que haja risco de mobilizações de bolsonaristas como no 8 de janeiro e no dia da diplomação de Lula, em 12 de dezembro. Eventuais protestos de opositores não poderão ser realizados perto do local onde ocorrerá o desfile, que terá a presença de Lula.
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Nesta terça-feira, o Ministério da Justiça autorizou a atuação da Força Nacional de Segurança Pública na segurança. O pedido de reforço havia sido feito pela governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão, na semana passada.
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