Política
Ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa pede segurança do GSI para viajar pelo país em eventos do PAC
Pedido é inédito na Esplanada dos Ministérios, outros ministros que solicitaram segurança optaram pela escolta da Polícia Federal
Com uma agenda de viagens previstas para os próximos meses, quando participará do lançamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, não quer correr riscos. Ele pediu ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que forneça agentes para fazer sua segurança durante os deslocamentos e os eventos.
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O pedido é inédito na Esplanada dos Ministérios. Outros ministros que solicitaram segurança optaram pela escolta da Polícia Federal. É o caso dos ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), irmã da vereadora Marielle Franco, morta em 2017 no Rio, e Flávio Dino (Justiça), responsável pela política de segurança pública do país.
O governo finaliza um decreto que normatiza na PF o cuidado com a segurança de autoridades do governo, quando esse texto for publicado, novos ministros deverão ser contemplados com segurança pessoal da PF, como Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Viera (Relações Exteriores). O texto vem sendo avaliado pelos Ministérios de Gestão e da Casa Civil.
Questionada por O GLOBO sobre o motivo de Costa precisar de segurança, a Casa Civil afirmou apenas que a solicitação se deu função dos deslocamentos que o ministro fará em todas as unidades da federação.
O decreto que estabelece as funções do GSI prevê que cabe ao órgão fazer a segurança do presidente, vice-presidente e seus familiares, mas há brecha para que outros ministros titulares do Palácio do Planalto também tenham sua segurança pessoal feita pelo órgão quando determinado pelo presidente. Rui Costa é um dos principais auxiliares de Lula no Planalto.
Agentes do GSI já estavam com Costa no lançamento do plano de investimento em São Paulo, há duas semanas. E também viajarão com ele para os todos os Estados. O PAC deve ter lançamentos específicos em Alagoas, Sergipe, Piauí, Ceará, Minas, Rio Grande do Norte e Paraná. Por determinação do presidente Lula, Costa fará uma turnê nos Estados para focar no detalhamento das obras e do cronograma para cada região. Em algumas delas, Lula estará presente.
Auxiliares palacianos viram no movimento de Costa um gesto de apoio ao GSI e aos militares. Até 30 de junho, o GSI travou um cabo de guerra com a PF pelo comando da segurança presidencial. Lula, no entanto, optou por deixou com o GSI o comando da sua segurança, enquanto a PF passou a cuidar da proteção da primeira-dama Janja da Silva. Dentro do núcleo central do governo, Costa foi um dos nomes que defendeu a manutenção do GSI no comando da proteção presidencial, com posição diferente de Janja, que preferia ter a PF no comando da tarefa.
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