Política
CPI do 8 de Janeiro: hacker Walter Delgatti pede autorização ao STF para 'silêncio absoluto'
Advogado afirmou que há indícios de que ele pode ser 'alvo de constrangimentos' durante depoimento
A defesa do hacker Walter Delgatti Neto pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que permaneça em "silêncio absoluto" em seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 8 de Janeiro, marcado para ocorrer na quinta-feira. A solicitação de habeas corpus foi protocolada nesta quarta e ainda não foi distribuída para nenhum dos ministros.
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Na petição, o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, afirma que "existem indícios" de que ele "possa ser alvo de constrangimentos durante o seu depoimento, o que poderá acarretar uma confissão de culpa". Por isso, solicita que ele tenha o direito de não precise responder às perguntas formuladas na CPI.
Delgatti foi preso há duas semanas pela Polícia Federal (PF), pela suspeita de ataques a sistemas do Judiciário. Aos investigadores, ele já confessou ter sido o responsável por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele afirmou ainda que o crime foi encomendado pela deputada federal Carla Zambelli, o que ela nega.
O hacker está depondo na PF nesta quarta-feira. A expectativa é que ele também mantenha o silêncio diante dos investigadores. A Polícia Federal suspeita do envolvimento de Delgatti em um plano que teria como objetivo invadir as urnas eletrônicas para promover uma fraude.
Delgatti Netto foi alvo de um mandado de prisão preventiva, no interior de São Paulo. Já Zambelli e dois de seus assessores foram alvos de mandados de busca e apreensão, em Brasília. De acordo com as investigações, funcionários da parlamentar teriam sido os responsáveis por efetuarem transferências por Pix para contas do hacker como pagamentos pelos serviços prestados por ele.
À PF, Delgatti Netto afirmou ter interesse em contribuir com o inquérito e apontou um pendrive, que estava atrás de um quadro na parede de seu flat, com todos os códigos fonte do CNJ. Em depoimento, o hacker contou que a invasão começou em setembro de 2022 e, até janeiro desse ano, ele ainda tinha acesso ao sistema do Conselho.
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