O vice-governador de Minas Gerais, Matheus Simões (PSD), declarou que, no estado, o partido manterá o compromisso de apoiar o governador Romeu Zema (Novo) em sua possível candidatura à Presidência da República em 2026, descartando a formação de palanque para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), apontado como sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.

Simões ressaltou que a decisão faz parte de uma aliança consolidada entre PSD e Novo em Minas, que também prevê seu nome como candidato ao governo estadual. O movimento regional coincide com a busca nacional do PSD por uma alternativa a Flávio Bolsonaro, fortalecendo a estratégia de independência do partido em relação ao PL.

Em entrevista ao Estadão, Simões afirmou que Flávio "não terá nele um adversário jamais", mas deixou claro que "obviamente" não fará campanha para o senador, e sim para Zema. Ao jornal O Globo, destacou que a autonomia para essa decisão veio do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, no ato de lançamento de sua candidatura estadual.

— Em Minas, como declarado pelo próprio presidente Kassab na minha filiação, estamos alinhados e sob a liderança do governador Zema. PSD e Novo formam aqui uma frente unificada — afirmou Simões.

Questionado sobre o risco de divisão dos votos da direita no estado, o vice-governador avaliou que "ainda é cedo para avaliar o desenvolvimento dos palanques estaduais", mas garantiu que seguirá trabalhando pela unificação das forças políticas em Minas. Simões também reconheceu a complexidade do cenário nacional.

Após o lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, o PSD nacional avalia opções para uma candidatura própria ao Planalto. Uma das alternativas discutidas é a formação de uma chapa com o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e Romeu Zema.

No Paraná, Ratinho Júnior tem demonstrado preferência pela indicação do secretário de Cidades, Guto Silva (PSD), para a sucessão estadual. No entanto, outros nomes do partido também se movimentam, como o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, e o ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca, ambos do PSD.