Poder e Governo
Tarcísio e Caiado criticam PEC da Segurança Pública e geram embate com deputados do PT
Reunião com governadores antecede apresentação do texto final da proposta, prevista para esta quinta-feira
Na véspera da apresentação do relatório da PEC da Segurança Pública, os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás) fizeram críticas à proposta original enviada pelo governo Lula e à atuação do PT nas discussões sobre o combate à criminalidade. Ambos participaram da comissão especial na Câmara dos Deputados, que debate o tema e deve apresentar o texto final nesta quinta-feira.
Pré-candidatos à Presidência em 2026, os governadores destacaram as estatísticas criminais de seus estados. Tarcísio afirmou que sua gestão "extinguiu" a Cracolândia, região central de São Paulo marcada pelo uso de drogas, e reduziu índices de homicídio e latrocínio. Já Caiado ressaltou que Goiás é um dos estados mais seguros do país. A segurança pública deve ser uma das principais pautas das eleições do próximo ano.
Durante sua intervenção, Caiado, do União Brasil, criticou duramente o PT, alegando que o partido não "quer ficar mal" com facções criminosas e sempre atuou para "extirpar a polícia". As declarações geraram forte reação de parlamentares petistas, que também criticaram o presidente da comissão, deputado Aluisio Mendes (União-MA), por permitir que os governadores falassem sem limite de tempo, o que resultou em um intenso bate-boca.
Alencar Santana (PT-SP) chegou a acusar Mendes de ser "baba ovo". O presidente da comissão respondeu, exaltado, exigindo respeito: "— O senhor me respeite".
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) também protestou, afirmando que os governadores estavam "fazendo comício" na Câmara.
Sobre a PEC, Tarcísio classificou a medida como "cosmética" e insuficiente para resolver o problema da insegurança no país. "Na verdade, a PEC é só o próprio Estado admitindo que a lei do SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) não pegou", afirmou.
Elaborada pelo Ministério da Justiça, a proposta original prevê constitucionalizar o SUSP e ampliar o papel da União na orientação das políticas de segurança.
Diante de deputados da base, da oposição e de agentes de segurança pública, Tarcísio sugeriu que o texto inclua prisão a partir da segunda instância, proibição de progressão de regime para integrantes de facções e veto à liberdade em audiências de custódia para reincidentes em crimes graves.
Caiado, por sua vez, defendeu que o enquadramento de facções criminosas na Lei Antiterrorismo seja retomado e pediu que não haja interferência na autonomia dos estados. Segundo ele, cabe ao governador decidir sobre o uso de câmeras corporais pela Polícia Militar de Goiás e sobre a concessão de visitas íntimas a presos faccionados.
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